Quais as projeções para o algodão nos próximos 10 anos?
Produção deve passar de 2.901 mil toneladas em 2022/23 para 3,6 milhões de toneladas em 2032/33, de acordo com estudo do Ministério da Agricultura
Redação Exame
Publicado em 18 de setembro de 2023 às 14h04.
Última atualização em 18 de setembro de 2023 às 14h14.
De acordo com o estudo do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) sobre projeções para o agronegócio até 2032/33, o Brasil deve ter um incremento considerável na produção de pluma de algodão, passando de 2.901 mil toneladas na safra 2022/23 para expressivos 3,6 milhões de toneladas até 2032/33.
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As projeções indicam uma ascensão gradual na produção de algodão em pluma, com uma taxa de crescimento anual de 2,8% ao longo do período previsto. Isso resultaria em uma variação de 26,8% na produção, fomentada pela contínua exportação nos próximos anos.
Não é só no Brasil que a produção de algodão deve crescer. De acordo com a OCDE-FAO, o cultivo global está projetado para crescer a uma taxa anual de 1,8% neste ano, atingindo 28,3 milhões de toneladas em 2032.
A expansão será impulsionada principalmente por avanços na produtividade, esperando-se um aumento de 1,5% ao ano, além de uma expansão da área colhida em menor escala, com uma taxa de 0,3% ao ano.
Relevância do Brasil ao mercado
Segundo o estudo do Mapa, cerca de 76,0% da produção global de algodão será originada em países em desenvolvimento, e o Brasil deverá contribuir com 12,5% da produção mundial em 2030, em comparação aos atuais 10,9%. Isso reflete a crescente importância do país no cenário global.
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A produção de algodão se concentra especialmente em Mato Grosso e Bahia, que juntos representam impressionantes 89,9% da produção nacional em 2022/23. Mato Grosso lidera com 69,5% da produção total, seguido de perto pelo estado da Bahia, que contribui com 20,4% da produção do país. Outros estados, como Mato Grosso do Sul, Maranhão e Goiás, somam aproximadamente 5,0% da produção nacional.
O consumo de algodão no Brasil é projetado para manter-se estável nos próximos dez anos, com uma estimativa de 732 mil toneladas. Essa tendência reforça a relevância do mercado internacional para o crescimento do setor no país, conforme apontado pela OECD-FAO.
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Quanto aos preços internacionais, deve haver ligeira redução no médio prazo, ajustados a valores reais. O cenário é influenciado pelo aumento da produtividade e pela expectativa de queda nos preços das fibras sintéticas, exercendo pressão para o aumento da oferta que pode levar à diminuição dos preços do algodão.