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Preço do trigo disparacom busca por fornecedores alternativos

Grandes importadores buscam alternativas desde que a invasão da Ucrânia pela Rússia interrompeu os embarques

 (David Gray/Reuters)

(David Gray/Reuters)

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Bloomberg

Publicado em 22 de março de 2022 às 20h47.

Por James Poole e Allison Nicole Smith, da Bloomberg

O preço do trigo teve a maior alta permitida pela bolsa de Chicago, revertendo a queda da semana passada. Grandes importadores buscam alternativas desde que a invasão da Ucrânia pela Rússia interrompeu os embarques.

A Índia está em negociações finais para começar a exportar trigo para o Egito, que é o maior importador do produto, enquanto China e Turquia também negociam compras no exterior. Outros grandes compradores, incluindo Argélia, Egito, Jordânia e Marrocos, “continuarão adquirindo trigo porque precisam manter seus estoques”, escreveu Tobin Gorey, estrategista de agricultura do Commonwealth Bank of Australia, em relatório.

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A colheita de trigo de inverno na Ucrânia está prevista para julho, mas é impossível sairá dos campos. As perspectivas de produção para as safras de milho e girassol, que serão plantadas em breve, são ruins, com a guerra cortando as ligações de transporte, logística e suprimentos de sementes e fertilizantes. Os portos estão parados.

A temporada de plantio da primavera se aproxima e a oferta de grãos paralisada por causa da guerra na Ucrânia deve aumentar a demanda por grãos dos EUA, prevê Karl Setzer, analista da AgriVisor LLC. Além disso, a seca persistente em regiões de cultivo importantes nos EUA também coloca em dúvida o tamanho da produção, causando alta generalizada dos preços, disse.

Os contratos futuros de trigo chegaram a subir 8%, para US$ 11,4875 por bushel, o máximo nível permitido pela bolsa. na semana passada, esses contratos recuaram quase 4%. Os contratos futuros de milho subiram até 2,9%, e a soja foi avançou 2,2%.

O Canadá pode ajudar a aliviar o aperto da oferta. A projeção oficial é que a produção do maior exportador global de trigo se recupere após a quebra de safra causada pelo clima seco e quente do ano passado. Além disso, alguns carregamentos de grãos da Rússia também estão sendo escoados pelo Mar Negro.

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