População ocupada no agro alcança 18,9 milhões, a mais alta desde 2015
A área em que mais houve crescimento de pessoas ocupadas foi a do agrosserviço, com um aumento de 19,2%
Redação Exame
Publicado em 27 de março de 2023 às 15h43.
O contingente de pessoas ocupadas em alguma atividade profissional (com ou sem carteira assinada) no agronegócio brasileiro alcançou a marca de 18,97 milhões em 2022, segundo pesquisas realizadas pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da USP. O estudo levou em conta informações daPesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) e de dados da RAIS.
O número é o mais alto desde 2015, quando foram registradas 19,05 milhões de pessoas empregadas no campo. Em relação a 2021, houve um amento de 2,76% no número da população ocupada no agro, com novos 508.753 trabalhadores. Pesquisadores do Cepea indicam que esse crescimento no setor está atrelado aos desempenhos observados nos segmentos de insumos, da agroindústria e de agrosserviços.
"Em 2021, observou-se a recuperação dos postos de trabalho, impactados pela pandemia da covid-19 e seus desdobramentos, tanto no agronegócio quanto no Brasil como um todo. No ano passado, o agronegócio brasileiro conseguiu avançar em termos de faturamento, o que ajuda a explicar o resultado observado para o mercado de trabalho", diz o relatório do Cepea.
Segundo a pesquisa, a área em que mais houve crescimento de pessoas ocupadas foi a do agrosserviço, com um aumento de 19,2%, o que corresponde a mais 159,9 mil trabalhadores.
"Quando se verifica como a variação na população ocupada se comportou em relação ao níveis de instrução, em termos relativos, destaca-se o crescimento dos trabalhadores sem instrução – parcela que vinha perdendo participação nos últimos anos. Em 2022, também houve crescimento para trabalhadores com ensino médio e superior", explicam os pesquisadores.
Desemprego no Brasil
Em todo o país,a população ocupada média atingiu 98 milhões em 2022, 7,4% acima que no ano anterior. A participação do agronegócio no mercado de trabalho brasileiro foi de 19,35% em 2022, um pouco abaixo da observada em 2021, quando esteve em 20,22%.
O ano de 2022 terminou com uma taxa média de desocupação de 9,3%, segundo dados da Pnad Contínua. A taxa é inferior aos 13,2% registrados no fim de 2021. Essa também é a mais baixa desocupação desde 2015 (8,6%). A menor taxa da série histórica, iniciada em 2012, foi registrada em 2014 (6,9%).
(Com Agência Brasil)