Brasil encerra 2022 com taxa de desemprego de 9,3%, menor patamar desde 2015
No trimestre encerrado em dezembro de 2022, a taxa de desocupação chegou a 7,9%, um recuo de 0,8 ponto percentual (p.p.) em comparação com o trimestre de julho a setembro
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Desemprego: No trimestre encerrado em dezembro de 2022, a taxa de desocupação chegou a 7,9% (Marcello Casal/Agência Brasil)

Publicado em 28 de fevereiro de 2023, 09h29.
Última atualização em 28 de fevereiro de 2023, 10h14.
A taxa média de desemprego no Brasil encerrou 2022 em 9,3% após atingir 13,2% em 2021. O resultado anual é o menor dede 2015. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada nesta terça-feira, 28, pelo IBGE.
Segundo o IBGE, os dados mostram que mercado de trabalho confirma a tendência de recuperação após o impacto da pandemia de covid-19 e ultrapassa o patamar pré-pandemia. No primeiro ano da pandemia, em 2020, o índice foi de 13,8%. Analistas do mercado financeiro esperavam uma taxa média de 9,5% no ano, segundo levantamento do Valor Econômico.
“O ano de 2021 foi de transição, saindo do pior momento da série histórica, sob o impacto da pandemia e do isolamento ocorrido em 2020. Já 2022 marca a consolidação do processo de recuperação” afirma Adriana Beringuy, coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE. “Em dois anos, a desocupação do mercado de trabalho recuou 4,5 p.p.", calcula.
No trimestre encerrado em dezembro de 2022, a taxa de desocupação chegou a 7,9%, um recuo de 0,8 ponto percentual (p.p.) em comparação com o trimestre de julho a setembro. 10 milhões de trabalhadores terminaram 2022 desempregados, cerca de 3,9 milhões de desempregados a menos em comparação com 2021, o que representa uma redução de 27,9% no ano.
Apesar da melhora em relação aos últimos anos, a taxa ainda está 2,4 p.p. acima do menor nível da série, apresentado em 2014 (6,9%). O instituto destaca também que o número de pessoas em busca de trabalho está 46,4% mais alto que em 2014.
Renda média do trabalhador
A renda média real do trabalhador foi de R$ 2.808 no trimestre encerrado em dezembro. O resultado representa alta de 8,3% em relação ao mesmo trimestre de 2021. Em 2022, o valor médio anual do rendimento real habitual estimado em R$ 2.715, o que representa 1% a menos que 2021, perda de R$ 28. Já a média anual da massa de rendimento chegou a R$ 261,3 bilhões e atingiu o maior patamar da série, com alta de 6,9% (mais R$ 16,9 bilhões) em relação a 2021.
Queda da informalidade
A PNAD também registrou queda na taxa média anual da informalidade, que saiu de 40,1% em 2021 para 39,6% em 2022. “Apesar da redução, a taxa ainda supera o início da série em 2016 (38,6%) e 2020 (38,3%).
Fechando o ano com média de 20,8%, a taxa composta de subutilização teve redução de 6,4 p.p. em relação a 2021 (27,2%), enquanto a média anual da população subutilizada (24,1 milhões de pessoas em 2022) recuou 23,2% frente a 2021.
Qual foi a menor taxa de desemprego do Brasil?
A menor taxa de desemprego na série histórica registrada pela PNAD do IBGE foi de 6,9% em 2014.
Créditos

André Martins
Repórter da HomepageFormado na Universidade Anhembi Morumbi, com passagem pelo mercado financeiro, está na Exame desde 2020. Escreve matérias hard news para diversas editorias, com destaque para Brasil, Esporte e POP. Apresentador do Exame Agora e Exame Inova.Últimas Notícias
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