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Fertilizante tem alta de 100% e encarece custos no Brasil

O fertilizante é o item que mais pesa e chega a responder por até um terço do custo operacional da soja e do milho

Fertilizantes: produto subiu mais de 100% de janeiro a agosto (Andrey Rudakov/Bloomberg)

Fertilizantes: produto subiu mais de 100% de janeiro a agosto (Andrey Rudakov/Bloomberg)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 28 de setembro de 2021 às 19h41.

Última atualização em 28 de setembro de 2021 às 19h50.

Com os preços do milho e da soja ainda acima da média histórica, a expectativa é que as margens de lucro dos produtores para a próxima safra de grãos sejam positivas, porém menores do que foram no passado recente. Isso por causa da elevação de custos.

O fertilizante, que é o item que mais pesa e chega a responder por até um terço do custo operacional da soja e do milho, subiu mais de 100% de janeiro a agosto. Pressionado pelo câmbio, aumento do frete internacional e pela escassez de matéria-prima, o preço do cloreto de potássio, por exemplo, aumentou 140%, o do fosfato monoamônico (MAP) ficou 90% mais caro e o da ureia teve reajuste de 60% neste ano.

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"O gasto com os fertilizantes mais usados aumentou o custo operacional em até 35% nas principais regiões produtoras", diz Natália Fernandes, coordenadora do núcleo de inteligência de mercado da Confederação Nacional de Agricultura (CNA). Ela ressalta que esse aumento é bem significativo e que não há indicações de que o preço do fertilizante vá recuar.

"A despeito desse aumento de custos, a nossa expectativa é que as margens ainda serão boas em 2022, porém não tão boas quanto foram no passado", afirma Guilherme Bellotti, gerente da consultoria Agro no Itaú BBA.

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