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Exportações do agronegócio em 2023 alcançam US$ 166,5 bi, 4,8% mais que em 2022

Ministério da Agricultura afirmou que o aumento das exportações agropecuárias brasileiras foi influenciado pelo maior volume embarcado

Agricultura: O valor dos embarques avançou 4,8% ante o registrado em 2022, ou US$ 7,68 bilhões a mais (CNA/Wenderson Araujo/Trilux/Agência Brasil)
Estadão Conteúdo

Agência de notícias

Publicado em 16 de janeiro de 2024 às 16h29.

Última atualização em 16 de janeiro de 2024 às 16h29.

As exportações brasileiras de produtos agropecuáriosgeraram receita de US$ 166,55 bilhões no ano passado, informou o Ministério da Agricultura, em nota. O valor dos embarques avançou 4,8% ante o registrado em 2022, ou US$ 7,68 bilhões a mais.

As exportações do agro corresponderam a 49% do comercializado pelo Brasil no ano, segundo a pasta, aumento de participação na pauta exportadora do país em relação ao ano anterior, quando a fatia foi de 47,5%.

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Na avaliação da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura, o aumento das exportações agropecuárias brasileiras foi influenciado pelo maior volume embarcado.

"O ano de 2023 marcou um ponto de virada histórico para o agro brasileiro, com grandes avanços em exportações e expansão de mercados, resultando em um recorde nas vendas externas. Sob a liderança do presidente Lula e do Ministro Carlos Fávaro, o Brasil abriu 78 novos mercados, fortaleceu laços e liderou a exportação mundial em vários produtos", disse o secretário de Comércio e Relações Internacionais da pasta, Roberto Perosa, na nota.

De acordo com os dados do Ministério, o Brasil exportou 193,02 milhões de toneladas de grãos no ano passado, alta de 24,3% em comparação com 155,30 milhões de toneladas de grãos exportados em 2022. O volume responde por 60,3% da safra recorde de grãos 2022/23.

A pasta observou que também houve aumento na quantidade exportada de carnes (+5,4%), açúcar (+15,1%), sucos (+6,0%), frutas (+5,9%), couros e seus produtos (+19,7%), que juntos somaram mais de US$ 1 bilhão em vendas externas.

Entre os produtos que contribuíram para a alta da receita, destaca-se as exportações de soja, que cresceram US$ 6,49 bilhões, a do complexo sucroalcooleiro, que avançou US$ 4,60 bilhões e cereais, farinhas e preparações, que tiveram incremento de US$ 1,18 bilhão e as vendas externas de sucos, com alta de US$ 447,41 milhões em receita.

Em valor exportado, os principais setores foram: complexo soja, respondendo por 40,4% do total exportado, carnes (14,1% do total), complexo sucroalcooleiro (10,4%), cereais, farinhas e preparações (9,3%) e produtos florestais (8,6%). Juntos, esses segmentos representaram 82,9% das exportações do agronegócio no ano passado, ressaltou o Ministério.

A China se manteve como principal destino do agronegócio brasileiro em 2023. As vendas ao mercado chinês atingiram o recorde de US$ 60,24 bilhões, alta de 18,8% ante 2022). "Entre os dez principais produtos exportados pelo Brasil, que representaram 78,8% da pauta exportadora do setor, a China foi o principal destino de oito produtos: soja em grãos (73,1% de participação em valor); milho (27,2% de participação); açúcar de cana em bruto (13,9% de participação); carne bovina in natura (60,4% de participação); carne de frango in natura (17,4% de participação); celulose (48,0% de participação); algodão não cardado nem penteado (48,9% de participação) e carne suína in natura (33,3% de participação)", destacou o Ministério.

A China também foi o país que mais contribuiu para o crescimento das exportações do agronegócio brasileiro no ano passado, com acréscimo de US$ 9,53 bilhões em relação a 2022. Os Estados Unidos foram o segundo país de destino do agronegócio brasileiro com participação de 5,9% nas exportações do setor em 2023, tendo como principais produtos exportados: celulose, café verde, suco de laranja e carne bovina in natura.

As importações de produtos agropecuários recuaram 3,7% na comparação anual, a US$ 16,609 bilhões em 2023, ou 6,9% do total internalizado pelo País. O desembolso com importação de fertilizantes somou US$ 14,67 bilhões e o valor gasto com compras externas de defensivos agrícolas totalizou US$ 5,55 bilhões no ano, segundo o Ministério.

O saldo da balança comercial do agronegócio em 2023 ficou positivo em US$ 149,941 bilhões, em comparação com US$ 141,627 bilhões registrados em 2022.

Dezembro

No último mês de 2023, o Brasil exportou US$ 13,51 bilhões em produtos agropecuários, US$ 2,34 bilhões mais ante dezembro de 2022, ou aumento de 20,9%.

"O resultado de dezembro foi fortemente influenciado pela elevação do volume embarcado, que subiu 28,9%, apesar da queda de 6,1% nos preços médios de exportação dos produtos do agronegócio brasileiro. Soja em grãos, açúcar de cana, farelo de soja e carne bovina foram os produtos que mais contribuíram para o crescimento das exportações no mês", avaliou o Ministério.

A China manteve-se como o principal destino dos produtos do agronegócio brasileiro em dezembro do ano passado, respondendo por 32,3% dos embarques do setor, 8 pontos porcentuais acima de igual período de 2022.

As vendas externas para o país asiático somaram US$ 4,36 bilhões no último mês, alta de 61,1% contra dezembro do ano anterior.

Os principais produtos comercializados com o mercado chinês foram: soja em grãos (US$ 1,72 bilhão, +118,8% e 39,5% de participação), carne bovina in natura (US$ 522,92 milhões, +6,7% e 12,0% de participação), milho (US$ 447,53 milhões, +18,9% e 10 3%), algodão não cardado nem penteado (US$ 430,02 milhões, +259 2% e 9,9%), celulose (US$ 397,03 milhões, +18,3% e 9,1%) e açúcar de cana em bruto (US$ 330,65 milhões, +108,6% e 7,6% de share).

O segundo principal destino dos produtos do agronegócio brasileiro em dezembro de 2023 foram os Estados Unidos, com US$ 936,77 milhões, 17,0% superior ao embarcado em dezembro de 2022. A participação do país nas exportações do agronegócio brasileiro decresceu de 7,2% em dezembro de 2022 para 6,9% em dezembro do ano passado.

Na terceira posição de destinos do último mês de 2023 está o Vietnã, com US$ 400,77 milhões em valor embarcado, incremento de 64,3%, o que levou ao aumento de participação de mercado de 2,2% para 3,0% na mesma base comparativa.

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