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CPI do MST ouve ex-presidente do Incra e diretor da Suzano nesta quarta-feira

Os convocados devem falar sobre as ocupações do MST em fazendas da Suzano em fevereiro de 2023

CPI do MST: comissão deve terminar os trabalhos em setembro (Tarcísio Nascimento/MST-RJ Fonte: Agência Câmara de Notícias/Divulgação)

CPI do MST: comissão deve terminar os trabalhos em setembro (Tarcísio Nascimento/MST-RJ Fonte: Agência Câmara de Notícias/Divulgação)

Da Redação
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Redação Exame

Publicado em 23 de agosto de 2023 às 06h01.

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) ouve nesta quarta-feira, 23, o ex-presidente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) Geraldo Melo Filho e o diretor-executivo da Suzano Papel e Celulose, Luís Bueno.

Os pedidos de depoimentos foram protocolados pelos deputados Diego Garcia (Republicanos-PR) e Kim Kataguiri (União-SP). A ideia é que os convocados falem sobre as manifestações do MST em fazendas da Suzano, que foram ocupadas em fevereiro de 2023. "O MST invadiu, no dia 27 de fevereiro de 2023, três fazendas de cultivo de eucalipto da empresa de papel e celulose Suzano, localizadas nos municípios de Teixeira de Freitas, Mucuri e Caravelas, no extremo sul da Bahia", disse Kataguiri.

O MST alega que as ocupações ocorreram em áreas improdutivas, mas o deputado afirma que "todas as fazendas são produtivas e fornecem matéria-prima para o desenvolvimento das atividades da empresa". Melo Filho comandou o Incra entre 2019 e 2022, durante o governo Bolsonaro, e deve apontar o cenário de ocupações durante a sua gestão.

Depoimento do ministro da Agricultura na CPI

Na última quinta-feira, 17, a CPI ouviu o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, sobre a sua posição sobre as invasões de terras no Brasil. Apesar de afirmar que é contra, o ministro defendeu o direito à manifestação quando feita dentro da lei e da ordem.

A CPI, instalada em maio, investiga as invasões do MST. O colegiado é presidido pelo deputado Tenente Coronel Zucco (Republicanos-RS) e tem 120 dias para concluir os trabalhos. A Comissão já ouviu líderes sem-terra, representantes estaduais de segurança pública e ministros de governo. O relator da CPI, Ricardo Salles, disse que não vai pedir a prorrogação, com isso a comissão terminará em 14 de setembro.

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