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Remy Sharp
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O famoso cafézinho brasileiro tem mostrado seu valor mundo afora. Mais especificamente, um valor de quase 20 milhões de dólares. Durante a principal feira do setor, nos Estados Unidos, 29 empresários da cadeia produtiva do café fecharam US$ 19,8 milhões em negócios voltados aos grãos especiais. A perspectiva também é concretizar mais US$ 100 milhões ao longo dos próximos 12 meses.

Após distribuir cafés espresso e filtrado em oito sessões de cupping -- como é chamada a degustação para avaliar a qualidade da bebida --, os cafeicultores brasileiros realizaram 723 contatos comerciais, dos quais 417 foram com novos parceiros. Isso proporcionou a concretização dos negócios, além da estimativa de vendas futuras, que podem render um valor estimado em US$ 120 milhões.

Vinicius Estrela, diretor executivo da Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA, sigla em inglês), lembra que os Estados Unidos são os principais compradores dos cafés brasileiros, tendo importado, em 2022, cerca de 8 milhões de sacas do produto.

"Do total comprado pelos norte-americanos no ano passado, 1,6 milhão de sacas corresponde a cafés especiais, o que evidencia que a qualidade, a diversidade e a sustentabilidade do produto do Brasil vêm ao encontro do demandado pelos norte-americanos. É fundamental estreitarmos, cada vez mais, laços com os maiores consumidores do mundo", afirma.

Cafés especiais pelo mundo

Durante o evento Specialty Coffee Expo 2023, em Portland, o resultado dos negócios brasileiros foi fruto do trabalho desenvolvido entre a  BSCA e Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil). Chamado de 'Brazil. The Coffee Nation', o projeto setorial busca promover os grãos de qualidade superior no mercado externo.

Para isso, a estratégia passa pela transparência nos processos produtivos. Diferente de cafés convencionais, um café especial tem qualidade superior avaliada a partir do manejo do cafezal, níveis adequados de torra, notas identificadas na bebida, e até a altitude em que o café foi plantado pode influenciar.

Expor as certificações das fazendas e a rastreabilidade adotada na produção nacional de cafés especiais, desde o solo até a saca com os grãos, fazem parte da originação valorizada pelos importadores.

No decorrer do evento nos Estados Unidos, o grupo buscou estreitar laços e aumentar as vendas de cafés crus especiais com os seguintes países:

  • África do Sul
  • Austrália
  • China
  • Coreia do Sul
  • Emirados Árabes
  • Espanha
  • Estados Unidos
  • França
  • Japão
  • Malásia
  • Polônia
  • Rússia
  • Taiwan

Canadá, Chile, China e Estados Unidos também são alvos para os produtos da indústria de torrefação e moagem.

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