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Importações de milho e soja batem recorde (Alexis Prappas/Exame)
Carla Aranha
Publicado em 7 de julho de 2021 às 18h54.
A quebra da safra de milho devido a estiagens prolongadas nas principais regiões produtoras preocupa produtores e exportadores. De acordo com a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), as exportações brasileiras de milho devem atingir cerca de de 2,37 milhões de toneladas neste mês, o que representa uma queda de 50% em relação ao mesmo período do ano passado.
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Com as perspectivas de falta de milho no mercado nacional, a solução foi partir para as importações. Entre janeiro e junho deste ano, as importações do cereal aumentaram 102%, um recorde. O movimento foi favorecido pela suspensão do imposto de importação do produto, definida pelo governo em abril deste ano. A medida também vale para a soja.
O grande volume de exportações de soja no primeiro semestre, principalmente para a China, em que a retomada econômica disparou, também fez com que o Brasil precisasse apelar às importações para garantir um bom nível de estoques. As compras externas de soja aumentaram 92% no primeiro semestre, segundo dados do governo, enquanto as importações de óleo de soja cresceram 315%.
As boas perspectivas para o agronegócio este ano, quando deve ser batido um novo recorde de produçao de grãos, impulsionaram as importações de abudo, que atingiu um recorde de 16,6 milhões de toneladas no primeiro semestre, 15% a mais do que no mesmo período do ano passado.
A compra de defensivos agrícolas também aumentou. As importações desse tipo de produto somaram135 mil toneladas no primeiro semestrem, em um aumento de 23% em relação a 2020.