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Agricultores brasileiros comemoram acordo com a UE e alertam para protecionismo

CNA se manifestou contra falsas acusações que questionam a qualidade e sustentabilidade dos produtos brasileiros

Tecnologia e práticas regenerativas podem alavancar agricultura mais sustentável (Thomas Barwick/Getty Images)
EFE

Agência de Notícias

Publicado em 6 de dezembro de 2024 às 16h56.

O setor agrícola brasileiro celebrou o acordo entre o Mercosul e a União Europeia, fechado nesta sexta-feira e que deve ser ratificado pelos seus membros, e alerta para o risco que o protecionismo pode ameaçar.

A diretora de Relações Internacionais da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), Sueme Mori, afirmou que o acordo é uma "boa notícia" para o setor agropecuário brasileiro e para o Brasil, e que representa "um marco", visto que a rede de acordos comerciais do Mercosul até agora são “muito limitados”.

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No entanto, alertou que recentemente surgiram “falsas acusações” que questionam a qualidade ou a sustentabilidade dos alimentos produzidos no Brasil, o que interpretou como “prova do aumento do protecionismo no comércio internacional”.

“É necessário que as medidas protecionistas não afetem o que foi negociado ao longo destes anos”, disse Mori num vídeo institucional.

O representante da CNA sublinhou que o Brasil é “o maior exportador líquido de alimentos do mundo e isso é uma prova da competitividade e sustentabilidade” da produção brasileira.

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) também comemorou a conclusão do acordo, anunciada durante a cúpula do Mercosul em Montevidéu.

O acordo “abre novas oportunidades de embarques para o mercado europeu, em condições mais favoráveis ​​que as cotas que existem atualmente”, disse o presidente da ABPA, Ricardo Santin.

O acordo estabelece uma nova cota de exportação de carne de frango num total de 180 mil toneladas com tarifa zero para embarques para a União Europeia, que será compartilhada pelos países membros do Mercosul, no prazo de seis anos, conforme detalhado pela ABPA.

Existe também uma quota para a carne de porco, num total de 25 mil toneladas, seguindo o mesmo sistema gradual ao longo de 6 anos, mas com uma tarifa de 83 euros por tonelada.

Entre janeiro e novembro deste ano, o Brasil exportou 205 mil toneladas de carne de frango para a União Europeia, gerando uma receita de US$ 749,2 milhões para o país, segundo dados da ABPA.

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