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10 países que mais emitem gases de efeito estufa

Brasil aparece na lista; relatório indica caminho para uma economia de baixo carbono

Energia renovável é um dos caminhos para a transição para uma economia de baixo carbono no Brasil. (Fahroni/Envato)

Energia renovável é um dos caminhos para a transição para uma economia de baixo carbono no Brasil. (Fahroni/Envato)

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Publicado em 27 de agosto de 2024 às 14h00.

As emissões de dióxido de carbono (CO2) geradas por atividades humanas atingiram níveis sem precedentes, sendo mais altas hoje do que em qualquer outro momento da história.

Segundo dados da plataforma Climate Watch, do instituto de pesquisa WRI, as emissões globais de CO2 em 2022 (último dado disponível) foram 182 vezes maiores do que em 1850, durante o auge da Revolução Industrial.

Em 2022, a China liderava como maior emissora de CO2, seguida pelos Estados Unidos, Índia, Rússia e Japão. O Brasil ocupava a décima posição no ranking. Esses dez maiores emissores são responsáveis por 76% das emissões globais de carbono. Entre eles, os Estados Unidos se destacam como o país com maior taxa de emissões per capita, emitindo o dobro do que a China e oito vezes mais do que a Índia.

Top 10 maiores emissores de CO2 em 2022:

  1. China
  2. Estados Unidos
  3. União Europeia
  4. Índia
  5. Rússia
  6. Japão
  7. Irã
  8. Indonésia
  9. Coreia do Sul
  10. Brasil

EUA, Europa e Ásia: o papel de cada região nas emissões de CO2

O crescimento econômico e populacional tem sido um dos principais motores do aumento das emissões de carbono na maioria dos países. No entanto, as trajetórias de emissões ao longo da história variam significativamente, mostra a análise do WRI.

Entre 1850 e meados do século 20, o crescimento das emissões foi constante, impulsionado principalmente pela industrialização e pelo aumento populacional nos Estados Unidos e na Europa. Em 1887, os EUA se tornaram o maior emissor global, posição que mantiveram durante grande parte das décadas seguintes, seguidos por Reino Unido e Alemanha.

Eventos históricos, como a Grande Depressão nos anos 1930 e o fim da Segunda Guerra Mundial em 1945, provocaram breves reduções nas emissões, mas o domínio das nações norte-americanas e europeias no ranking global persistiu até meados do século 20. Ainda hoje, Estados Unidos e União Europeia são os maiores emissores acumulados, responsáveis pela maior parte do CO2 presente na atmosfera.

Entre os anos 1950 e 1980, a Rússia também viu um aumento significativo em suas emissões, mas, após o colapso da União Soviética, houve uma queda considerável. Em contrapartida, o Reino Unido, que foi o maior emissor em 1850 (quando as medições começaram), estabilizou suas emissões de CO2 em 1970.

Apesar da liderança dos Estados Unidos no século 20, a China emergiu como protagonista no cenário global, ultrapassando os EUA em 2005 para se tornar o maior emissor de CO2.

Em termos regionais, a Ásia Oriental e o Pacífico assumiram a liderança em 2004, e, em 2022, essa região foi responsável por 44% das emissões globais. Europa e América do Norte somaram 17% e 15%, respectivamente.

No entanto, ao considerar as emissões per capita, a América do Norte mantém a liderança, seguida por Europa e Ásia Central. A Ásia Oriental e o Pacífico estão se aproximando de ocupar a segunda posição nesse quesito.

Emissões per capita controladas: uma boa notícia

Apesar do aumento no total de emissões globais, há um dado positivo: as emissões per capita não sobem desde 2011, sugerindo uma transição gradual para tecnologias limpas, como energias renováveis e veículos elétricos.

Ainda assim, o desafio é enorme. A redução das emissões globais é crucial para atender aos compromissos climáticos e garantir um futuro sustentável.

No contexto brasileiro, o WRI destaca que, para o país seguir na direção de uma economia de baixo carbono, é essencial enfrentar o desmatamento, ampliar investimentos em energias renováveis e adotar práticas sustentáveis na agropecuária.

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