Para o ministro Eduardo Guardia, o Brasil está longe de virar uma Turquia

Em entrevista a EXAME, o ministro da Fazenda Eduardo Guarda diz que o Brasil tem solidez para resistir à turbulência, mas precisa das reformas para avançar

Os problemas financeiros da Turquia são bastante diferentes da realidade do Brasil na avaliação do ministro da Fazenda, Eduardo Guardia. "A Turquia tem um déficit em transação corrente muito grande, reservas em patamar muito baixo quando comparados à posição brasileira. Os investimentos diretos estrangeiros não são suficientes para financiar o déficit em transação corrente e também uma dívida externa muito elevada, de mais de 50% do PIB. É uma situação vulnerável para um país. Não vemos esse tipo de impacto no Brasil", disse Guardia, em entrevista durante o lançamento da 45º edição de Melhores e Maiores, publicação da revista EXAME, realizado nesta segunda-feira, 13 de agosto, em São Paulo.

Para Guardia, a continuidade da agenda de reformas do governo Temer é uma oportunidade de conter os efeitos da atual turbulência internacional desencadeada pela crise turca no Brasil. Na avaliação do ministro, há ainda espaço para aprovação no Congresso de medidas como a aprovação do cadastro positivo, a regulamentação do distrato imobiliário e a venda de distribuidoras da Eletrobras. "Precisamos de investimento para país voltar a crescer", disse. Na entrevista, Guardia comenta, ainda, os reflexos da greve dos caminhoneiros na atividade econômica de 2018 e os possíveis efeitos da guerra comercial entre Estados Unidos e China para o Brasil.

Acompanhe tudo sobre:economia-brasileiraEduardo GuardiaMelhores e Maiores

Mais de Economia

Pedro Nery: "Como aceitar taxa de extrema pobreza de 4% se Bolsa Família tem R$ 170 bilhões?"

Natal deve crescer 1,3%, mas ainda não supera resultado pré-pandemia, diz CNC

Reforma Tributária: empresas de saneamento fazem abaixo-assinado contra alta de imposto

Vitória de Trump pode prolongar juros altos no Brasil, avaliam economistas