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YouTube quer maior profissionalização do conteúdo

Site quer reduzir a dependência por vídeos gerados pelo usuário e aproximar de conteúdos profissionais

Para monetizar, empresa vê três possibilidades: publicidade, video on demand e assinatura
DR

Da Redação

Publicado em 19 de março de 2012 às 10h10.

São Paulo - O maior provedor mundial de vídeos online, o YouTube , está buscando uma maior profissionalização de seu conteúdo, reduzindo a dependência por vídeos gerados pelo usuário e aproximando-se de conteúdos profissionais. Para isso, busca formas de monetizar este conteúdo. Segundo Francisco Varela, diretor de Global Platform Partnerships do YouTube, a empresa está se movimentando agressivamente para encontrar uma forma de monetizar seus parceiros. Varela foi keynote speaker no Congresso TV 2.0, realizado pela Converge Eventos nestas quinta e sexta.

Entre as ações para criar esse novo modelo de negócios está a ampliação da base de usuários, bem como o aumento do consumo por parte dos usuários. Para Varela, trabalhar com dispositivos é a forma natural de trazer ao consumo de vídeos online bilhões de pessoas que hoje não estão conectadas ou que não acessam as plataformas de vídeo.

Entre os dispositivos, estão os móveis. A empresa aposta na evolução dos equipamentos e na capacidade de processamento, que fazem com que smartphones sejam plataformas de consumo e até produção de vídeo. "Os consumidores estão buscando, compartilhando e comprando (em dispositivos móveis) os mesmos conteúdos que antes eram exclusivos dos desktops", diz, afirmando que 10% dos acessos do YouTube são feitos em dispositivos móveis e atualmente a média é de 2 horas de upload de vídeos feitos através desses devices por minuto.

Outro dispositivo vital é a TV. Varela admite que a capacidade de processamento da maioria das TVs conectadas e outros dispositivos que trazem conexão à televisão ainda é limitada. "Apenas os equipamentos 'top' podem oferecer o processamento necessário para navegar na Internet", diz. Mas ele lembra que a TV "ainda é o centro de consumo de conteúdo nos lares". Hoje, o YouTube está disponível nas plataformas conectadas dos principais fabricantes, e a estratégia é chegar a todos, inclusive os pequenos.


Neste tipo de dispositivo, ele lembra que a qualidade de imagem é fundamental, o que pode ser um problema dependendo da banda disponível. Além disso, o controle remoto ainda é uma questão não muito bem resolvida. Para resolver este problema, o YouTube tem trabalhado para facilitar as buscas e organizar os conteúdos e os canais temáticos. Ele diz que os aplicativos para TVs conectadas já chegaram à terceira geração, e uma quarta está em desenvolvimento.

Conteúdo

Em relação ao conteúdo, o YouTube montou um fundo de US$ 100 milhões que opera apenas nos Estados Unidos no desenvolvimento de ideias originais de conteúdo em vídeo para a web.

No Brasil, Varela disse que o portal de vídeos vem explorando a exibição de eventos premium ao vivo, como o Rock in Rio, por exemplo. Segundo ele, o conteúdo esportivo também é de grande valor na plataforma. Além disso, o executivo apontou interesse em parcerias com distribuidores e produtores independentes.

Para monetizar os parceiros, o YouTube vê três possibilidades: receita por publicidade; video on demand em modelo de cobrança por transação (o que já está em operação em alguns mercados); e assinatura. Este último modelo de negócios ainda está em estudo no YouTube. Varela acredita que alguns conteúdos segmentados podem despertar atenção de usuários. "Um guitarrista muito bom poderia oferecer uma série consistente de vídeos no YouTube", citou como exemplo.

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São Paulo - O maior provedor mundial de vídeos online, o YouTube , está buscando uma maior profissionalização de seu conteúdo, reduzindo a dependência por vídeos gerados pelo usuário e aproximando-se de conteúdos profissionais. Para isso, busca formas de monetizar este conteúdo. Segundo Francisco Varela, diretor de Global Platform Partnerships do YouTube, a empresa está se movimentando agressivamente para encontrar uma forma de monetizar seus parceiros. Varela foi keynote speaker no Congresso TV 2.0, realizado pela Converge Eventos nestas quinta e sexta.

Entre as ações para criar esse novo modelo de negócios está a ampliação da base de usuários, bem como o aumento do consumo por parte dos usuários. Para Varela, trabalhar com dispositivos é a forma natural de trazer ao consumo de vídeos online bilhões de pessoas que hoje não estão conectadas ou que não acessam as plataformas de vídeo.

Entre os dispositivos, estão os móveis. A empresa aposta na evolução dos equipamentos e na capacidade de processamento, que fazem com que smartphones sejam plataformas de consumo e até produção de vídeo. "Os consumidores estão buscando, compartilhando e comprando (em dispositivos móveis) os mesmos conteúdos que antes eram exclusivos dos desktops", diz, afirmando que 10% dos acessos do YouTube são feitos em dispositivos móveis e atualmente a média é de 2 horas de upload de vídeos feitos através desses devices por minuto.

Outro dispositivo vital é a TV. Varela admite que a capacidade de processamento da maioria das TVs conectadas e outros dispositivos que trazem conexão à televisão ainda é limitada. "Apenas os equipamentos 'top' podem oferecer o processamento necessário para navegar na Internet", diz. Mas ele lembra que a TV "ainda é o centro de consumo de conteúdo nos lares". Hoje, o YouTube está disponível nas plataformas conectadas dos principais fabricantes, e a estratégia é chegar a todos, inclusive os pequenos.


Neste tipo de dispositivo, ele lembra que a qualidade de imagem é fundamental, o que pode ser um problema dependendo da banda disponível. Além disso, o controle remoto ainda é uma questão não muito bem resolvida. Para resolver este problema, o YouTube tem trabalhado para facilitar as buscas e organizar os conteúdos e os canais temáticos. Ele diz que os aplicativos para TVs conectadas já chegaram à terceira geração, e uma quarta está em desenvolvimento.

Conteúdo

Em relação ao conteúdo, o YouTube montou um fundo de US$ 100 milhões que opera apenas nos Estados Unidos no desenvolvimento de ideias originais de conteúdo em vídeo para a web.

No Brasil, Varela disse que o portal de vídeos vem explorando a exibição de eventos premium ao vivo, como o Rock in Rio, por exemplo. Segundo ele, o conteúdo esportivo também é de grande valor na plataforma. Além disso, o executivo apontou interesse em parcerias com distribuidores e produtores independentes.

Para monetizar os parceiros, o YouTube vê três possibilidades: receita por publicidade; video on demand em modelo de cobrança por transação (o que já está em operação em alguns mercados); e assinatura. Este último modelo de negócios ainda está em estudo no YouTube. Varela acredita que alguns conteúdos segmentados podem despertar atenção de usuários. "Um guitarrista muito bom poderia oferecer uma série consistente de vídeos no YouTube", citou como exemplo.

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