Tecnologia

Windows vai superar iPhone até 2015, diz Gartner

Um estudo do Gartner Group prevê que os smartphones com o sistema Windows Phone, da Microsoft, terão 19,5% do mercado em 2015, contra 17,2% do iOS, da Apple

Steve Ballmer apresenta o Windows Phone 7: a aliança com a Nokia vai impulsionar as vendas do sistema operacional (Justin Sullivan/Getty Images)

Steve Ballmer apresenta o Windows Phone 7: a aliança com a Nokia vai impulsionar as vendas do sistema operacional (Justin Sullivan/Getty Images)

Maurício Grego

Maurício Grego

Publicado em 10 de abril de 2011 às 06h00.

São Paulo — O Gartner Group refez suas previsões sobre o mercado de smartphones levando em conta a aliança entre a Microsoft e a Nokia nessa área, anunciada em fevereiro. Um novo estudo do Gartner, divulgado nesta semana, prevê que o sistema operacional Android, do Google, vai continuar ampliando sua liderança, atingindo 48,8% de participação em 2015. Até aí, não há novidade, já que esse número é similar ao que aparecia em projeções anteriores.

A previsão realmente nova do Gartner é que o Windows Phone, que fechou 2010 com apenas 4,2% do mercado, vai ampliar rapidamente sua participação, de 2012 em diante, graças à parceria entre a Microsoft e a Nokia. Em 2015, diz o Gartner, o sistema operacional da Microsoft estará presente em 19,5% dos smartphones vendidos.

Essa projeção destoa da que vem sendo feita por outras empresas. Para a ABI Research, por exemplo, o Windows Phone dificilmente vai conseguir mais de 7% do mercado até 2016. Se a estimativa do Gartner se concretizar, o Windows Phone terá superado o iOS, da Apple, que estará com 17,2% de participação em 2015.

Nokiasoft

Nas contas do Gartner, a Apple vendeu 47 milhões de iPhones em 2010, e fechou o ano com 15,7% do mercado. Em 2015, suas vendas serão quatro vezes maiores, atingindo 190 milhões de unidades.

Já as vendas do Windows Phone, segundo as previsões, deverão crescer mais de 17 vezes, atingindo 216 milhões de unidades. É um crescimento respeitável, é claro. Mas a participação do Windows Phone prevista para 2015 ainda está muito abaixo da que a Nokia conseguiu, no passado, com seu próprio sistema Symbian. Isso dá uma ideia do desafio que a Nokia tem pela frente.


A previsão do Gartner se baseia no fato de que a Apple, historicamente, tem preferido preservar suas margens de lucro – as mais altas entre os fabricantes de celulares – em vez de baixar preços para aumentar o número de unidades vendidas.

Em outras palavras, a empresa da maçã deve continuar atuando na faixa de preço mais alta do mercado. Ainda assim, ela deve ficar em terceiro lugar em unidades vendidas, uma posição invejável. Já Android e Windows Phone estarão presentes também na faixa intermediária, onde os volumes são grandes, mas as margens são menores.

Blackberry

Em quarto lugar, na previsão do Gartner, estará a RIM, fabricante do Blackberry. Ela terá uma trajetória parecida com a da Apple. Suas vendas vão crescer 2,6 vezes nos próximos quatro anos, mas a participação vai cair. Em 2015, a RIM terá 11,1% do mercado, contra 16% em 2010. Já o Symbian terá praticamente desaparecido em 2015.

O mercado total de smartphones deve atingir 1,1 bilhão de unidades em 2015, número 3,7 vezes superior ao registrado em 2010. A disputa entre os sistemas operacionais tem óbvias semelhanças com a que aconteceu nos anos 80 no mercado de PCs.

Mas há uma diferença importante. Nos PCs, o MS-DOS (e, depois, o Windows) rapidamente tornou-se dominante, chegando a superar 90% do mercado. Já nos smartphones, segundo as previsões, nenhum sistema terá mais de 50% do mercado nos próximos quatro anos. E pelo menos quatro deles ainda terão participações superiores a 10% em 2015.

Acompanhe tudo sobre:AndroidAppleCelularesEmpresasEmpresas americanasempresas-de-tecnologiaGoogleIndústria eletroeletrônicaiPhoneMicrosoftNokiaSmartphonesTecnologia da informaçãoWindows

Mais de Tecnologia

Meta abre dados do Instagram para estudo do impacto na saúde mental de adolescentes

O que é o Prime Day? Nos EUA, ele deve movimentar US$ 14 bilhões

Elon Musk decide transferir sedes da SpaceX e X para o Texas

81% da Geração Z no Brasil deixa de usar apps por preocupações com privacidade, diz pesquisa

Mais na Exame