WhatsApp: mensageiro tenta técnica mais abrangente para explicar mudanças na política do app (Chesnot/Getty Images)
Thiago Lavado
Publicado em 18 de fevereiro de 2021 às 20h09.
O anúncio, no início deste ano, de que o WhatsApp mudaria sua política de privacidade compartilhando necessariamente alguns dados e informações com outras empresas do grupo Facebook. A mudança gerou confusão e desagrado entre os quase 2 bilhões de usuários do aplicativo.
Agora, o mensageiro tenta uma abordagem mais branda. O WhatsApp divulgou nesta quinta-feira, 18, uma publicação com mais informações sobre o tema e também uma página para tentar deixar transparente o que muda e o que fica igual com as novas políticas do app.
"Nas próximas semanas, exibiremos um aviso no WhatsApp anunciando que você terá mais tempo para ler a atualização e fornecendo mais informações para ajudar a esclarecer algumas dúvidas. Eventualmente, enviaremos lembretes para que todos possam ler e aceitar as atualizações para continuar usando o WhatsApp", disse a plataforma na publicação.
"As equipes do WhatsApp passaram as últimas semanas analisando os comentários dos usuários e conversando (virtualmente) com pessoas de vários países. Esta foi uma grande oportunidade para o WhatsApp ouvir sobre as preocupações das pessoas e entender o que poderia ter feito melhor", disse a empresa em nota enviada.
O WhatsApp também disse que irá incluir mais informações sobre a política de privacidade no aplicativo, com leitura facilitada e conveniente — diferente do tradicional documento. "Nas próximas semanas, alguns usuários verão um pequeno banner com um convite para verificarem essas políticas novamente."
Na publicação no blog, o WhatsApp afirma que ganha dinheiro com a venda de serviço de atendimento ao cliente para empresas. No meio de janeiro, o app já havia voltado atrás e adiado a implantação das novas políticas.
Especialistas em privacidade, autoridades regulatórias e até bilionários reclamaram da nova política do WhatsApp, quando foi anunciada. A discussão em torno do tema levou a uma nova onda de usuários procurando serviços concorrentes, como Telegram e Signal — este último indicado até por Elon Musk como uma alternativa.