Saiba como serão o iOS 5 e seus rivais
Disputa entre Apple e Microsoft se acirra com desenvolvimento de novas tecnologias
Da Redação
Publicado em 12 de outubro de 2011 às 17h39.
São Paulo - Com integração ainda maior à internet, o iOS 5, da Apple, e o Windows Phone 7.5, da Microsoft, partem para cima do Android. Testamos as duas versões. Conheça suas novidades.
O casamento de seu smartphone com a internet vai entrar em uma nova fase, ainda mais intensa. Você saberá notícias de seus amigos e familiares com maior frequência, e será mais fácil entrar em contato com todos eles.
Celular e web também vão guardar cópias das suas informações, fotos e documentos. Isso, claro, se você tiver um iPhone com iOS 5, da Apple, ou um aparelho com o Windows Phone 7.5, da Microsoft. As novas versões dos sistemas operacionais para dispositivos portáteis criados pelas duas empresas prometem maior integração com a rede e backups automáticos de dados.
As mudanças têm um alvo: o Android. Criado pelo Google, o sistema começa a se distanciar dos concorrentes a uma velocidade supersônica. De acordo com o instituto de pesquisas Gartner, o Android estava em 43% dos smartphones vendidos em todo o planeta no segundo trimestre deste ano.
Os aparelhos da Apple não passaram de 18% do total comercializado no período, enquanto os que tinham o sistema da Microsoft representaram só cerca de 2%. A Nokia, que por 15 anos manteve a liderança no setor, viu a parcela de mercado do Symbian encolher de 41% para 22%, entre 2010 e 2011. Agora, a companhia aposta na parceria com a Microsoft e no Windows Phone 7.5 para se recuperar.
Para saber quais são as novidades e descobrir até que ponto a guerra dos sistemas móveis vai se intensificar nos próximos meses, INFO testou versões em desenvolvimento dos dois sistemas operacionais. Ambas saem na frente em uma comparação direta com o Android 2.3 (Gingerbread), anunciado no fim do ano passado.
Como os primeiros aparelhos com Gingerbread só chegaram ao Brasil recentemente, são eles que vão encarar os rivais – inclusive o iPhone 5 – por um bom tempo. O Google pretende contra-atacar com o Ice Cream Sandwich, novo sabor do Android, que rodará em celulares e tablets e terá a missão de padronizar a interface em diferentes aparelhos. Mas ainda se sabe muito pouco sobre seus novos recursos.
Integração total - Não foi à toa que Steve Jobs fez questão de subir ao palco na conferência para desenvolvedores da Apple, em junho, para anunciar a principal novidade do iOS 5. O sistema operacional passará por uma das mudanças mais significativas desde sua criação, mas sem modificar a já consagrada experiência de uso.
A Apple vai permitir que o iPhone, o iPad, o iPod Touch e o computador – seja ele um Mac ou um PC – troquem informações entre si, de modo automático, pela web. Isso vai ocorrer por meio de um novo serviço, o iCloud. O recurso funcionará nos bastidores, de uma maneira quase invisível, para garantir que todos os aparelhos tenham sempre o mesmo conteúdo. A integração é também um jeito de estimular a compra de outros produtos da marca. Será mais prático se o dono de um iPhone tiver um iPad em vez de um tablet com Android, por exemplo.
Com o iCloud, e-mail, contatos, calendários, fotos, lembretes, favoritos do navegador Safari (que continua sem suporte a Flash), notas e até documentos criados com os aplicativos da suíte iWork (Pages, Keynote e Numbers) serão sincronizados com a rede e enviados para todos os dispositivos em que sua conta Apple estiver cadastrada.
Cada pessoa terá direito a 5 GB gratuitos para armazenamento, mas poderá comprar planos extras anuais, de 20 dólares (10 GB), 40 dólares (50 GB) e 100 dólares (100 GB). Alguns dos recursos do iCloud estavam disponíveis de forma bem mais rudimentar no serviço MobileMe, que deixará de existir.
No Android, sempre houve a sincronização dos contatos e e-mails do Gmail, por meio de uma conta Google. Como a Apple estava em desvantagem, resolveu criar um serviço mais abrangente. A configuração é extremamente simples. No menu Ajustes do iPhone ou iPad, o usuário escolhe o que deseja ver sincronizado por meio de botões de liga e desliga.
O iCloud permite também fazer backup do conteúdo na internet sempre que os aparelhos estiverem com a tela bloqueada, carregando a bateria e conectados a uma rede Wi-Fi. É só ativar o recurso e não se preocupar mais. Outro serviço associado, o Compartilhar Fotos, envia as últimas mil imagens para todos os equipamentos cadastrados, sem considerá-las na cota de espaço do iCloud. Um software permitirá a sincronização dos dados em computadores com Mac OS X ou Windows.
A interface do iOS 5 traz poucas alterações, mas a mais importante foi copiada do Android, e aprimorada. iPhone, iPad e iPod Touch passam a contar com uma Central de Notificações, que é acessada quando se desliza o dedo do topo até a parte de baixo da tela.
É ali que estão reunidos os avisos de chamadas perdidas, torpedos recebidos, citações no Twitter ou Facebook e novos e-mails, entre outros alertas. As informações fornecidas para cada aviso são bem mais detalhadas do que as exibidas pelo sistema do Google. Se alguém envia um e-mail, por exemplo, dá para enxergar o remetente, o assunto e o início da mensagem. Outra vantagem é que as notificações são listadas na tela de bloqueio. Basta correr o dedo sobre uma delas para ler.
Olha o passarinho - A Apple também melhorou a usabilidade da câmera. Agora, dá para ativar uma grade que ajuda a fazer o enquadramento. O botão de aumentar o volume serve para bater fotos, enquanto o de diminuir o som acha o foco e trava a exposição.
Quem gosta de fotografia ficará feliz ao saber que as mesmas funções estão disponíveis nos botões do fone de ouvido, o que o transforma em um controle remoto com disparador – indicado para quem pretende registrar imagens em baixa luminosidade com nitidez ou fazer um autorretrato. Destravar o aparelho para ativar a câmera deixará de ser um problema: ao pressionar a tecla Home duas vezes com a tela bloqueada, surge um atalho para acessá-la.
E ao visualizar uma foto na galeria, agora é possível editá-la. Há quatro opções: girar, cortar, melhora automática e remoção de olhos vermelhos. Mas não espere mágica ou a praticidade de um Photoshop. Os ajustes apenas quebram um galho.
Tuiteiros inveterados podem comemorar – ou não. O iOS 5 vai se integrar ao Twitter, mas a rede social foi incorporada ao sistema de uma maneira bem superficial. Ao cadastrar a sua conta no menu Ajustes, o sistema atualiza os contatos com as fotos e o nome dos usuários que você segue.
Quando se abre uma imagem ou se quer compartilhar uma página na web, há o botão “Tuitar” entre as opções do menu. Mas não passa disso. Para interagir para valer com a rede social, ainda é necessário instalar um programa pela App Store. Um recurso bem parecido existe há tempos no Android, e o Windows Phone 7.5 leva essa integração bem mais a sério e de maneira mais eficiente.
Dois novos aplicativos também passam a fazer parte do sistema da Apple. O Lembretes permite criar listas de tarefas e definir alarmes, que podem soar na hora marcada ou quando se chega a um determinado local. Há também a Banca, que abre uma estante para armazenar jornais e revistas comprados na App Store. Nos testes da INFO, não foi possível acessar esse conteúdo, porque o botão Loja não estava ativo no beta 5 do iOS 5.
Também não está claro se as empresas de mídia terão de produzir aplicativos compatíveis com a telinha do iPhone, mas é bem provável que sim. Os outros ajustes do iOS aprimoram diferentes aspectos da usabilidade, mas a sensação não muda muito em relação ao iOS 4. Uma última mudança é a possibilidade de atualizar o software do sistema diretamente no aparelho, sem precisar do iTunes. A ativação também dispensará o computador e será possível sincronizar músicas usando Wi-Fi.
Windows Phone 7 ultrassecreto - Alguém se lembra do Windows Phone 7? Embora tenha sido lançado no final do ano passado, muito poucos se aventuraram a comprar dispositivos com o sistema, que tinha uma série de problemas – não dava nem para copiar e colar textos, por exemplo. Mas a Microsoft não se deu por vencida. Sua equipe de desenvolvimento mergulhou no código, corrigiu falhas, adicionou recursos e preparou a versão 7.5, batizada com o codinome Mango. A INFO conseguiu testá-la em um protótipo ultrassecreto da Samsung. O aparelho impressionou principalmente pela rapidez, mas fica a dúvida sobre quanto essa velocidade vai custar.
A Microsoft manteve a interface Metro, que já estava presente no Windows Phone 7, e fez poucas modificações. Toda a linguagem visual tem como base pequenos quadrados e menus com letras grandes e chamativas, em maiúscula. Não há barras de rolagem horizontal, nem abas. Os títulos dos menus ficam dispostos lado a lado, e as palavras aparecem cortadas para indicar que há mais conteúdo à direita. Algumas pessoas podem se incomodar com isso. De qualquer modo, o uso é bastante intuitivo. Várias das animações lembram as do iOS e as transições de tela têm elegância. Nesse ponto, a Microsoft, sempre criticada pelo design de seus produtos, conseguiu se superar.
Os pequenos quadrados que formam na tela inicial do Windows Phone são dinâmicos e exibem notificações. No Mango, qualquer aplicativo consegue aproveitar esse recurso. Um programa de previsão do tempo, por exemplo, pode usar o pequeno espaço para indicar como será o dia e qual a temperatura do momento. Os quadros mais bacanas que podem ser fixados na tela inicial são os que reúnem contatos. Como o sistema vai se integrar nativamente a Facebook, Twitter e LinkedIn (na versão testada, só o Facebook estava disponível), todas as informações postadas pelos seus amigos e familiares ficam associadas aos contatos deles. Quando se cria um grupo, ele se transforma em uma central, ou hub digital. Dá para interagir com todo mundo de uma vez só e ver as atualizações de cada pessoa.
Se o iOS 5 tem o iCloud, o Mango também faz sincronização de contatos, imagens e documentos. Os contatos podem ser cadastrados no Windows Live, enquanto fotos e arquivos criados no Office vão para o SkyDrive, que oferece 25 GB gratuitos para armazenamento – sem a possibilidade de adquirir espaço adicional.
Embora o Windows Phone 7.5 prometa gravar na internet cópias de todas as imagens que estão na área Rolo da câmera, nos testes isso só ocorreu com as que estavam definidas como favoritas. Dá para acessar todo o conteúdo pelo site windowsphone.live.com. O sistema também traz um serviço de proteção contra perda e roubo, gerenciado por meio dessa página. Ali, é possível localizar o aparelho em um mapa, fazê-lo tocar, apagar todo o conteúdo e travar o dispositivo remotamente.
Busca incompleta - A integração com serviços oferecidos pelo Bing é outro recurso inovador incorporado pela Microsoft. O problema é que, nos testes, apenas uma das novas funções, a pesquisa visual, estava disponível em português.
O recurso ativa a câmera e permite ler QR codes e identificar textos na imagem, que podem ser traduzidos para vários idiomas. Na interface em inglês, dá também para ler códigos de barras de livros, CDs e DVDs. Outros dois recursos que estão disponíveis em inglês são a busca por voz – que o Android já faz em português – e o Scout, um serviço de recomendação de lugares.
Também não funciona no nosso idioma o controle por voz, que executa uma série de tarefas quando o usuário fala com o aparelho. As opções incluem fazer uma chamada, mandar um torpedo, abrir programas ou buscar termos na internet.
O Windows Phone conta ainda com uma loja de aplicativos, o Marketplace, semelhante à dos concorrentes. Existem áreas para mostrar os aplicativos mais populares, os destaques selecionados pela equipe da Microsoft e as diferentes categorias de programas. Os games ficam em um espaço próprio. Há inclusive uma área que se integra à Xbox Live, com acesso limitado na versão testada.
Ali era possível ver o avatar criado na rede do console, associado ao Windows Live ID, e atalhos para alguns jogos famosos, como Angry Birds e Plants vs Zombies.
Uma das novidades dos mapas é a possibilidade de criar rotas como no Android, transformando o celular em um navegador GPS. Em inglês, as direções são faladas. Em português, não. O navegador usado pelo Mango é uma versão do Internet Explorer 9, com suporte a HTML 5 e aceleração por hardware. A Microsoft afirma que o software é mais rápido do que o Safari e o navegador nativo do Android. Os testes da INFO confirmaram isso ao confrontá-lo com um Nexus S com Android 2.3 e com um iPhone 4 com iOS 5. Outro ponto positivo do sistema da Microsoft é o suporte a multitarefa. Já a câmera traz uma opção de edição, a correção automática.
Outro robô a caminho - Ao preparar o Android 2.3 (Gingerbread), o Google deu uma ajeitada pequena na interface, padronizando o visual dos menus. Também deixou o sistema mais veloz do que as versões anteriores. Muito do trabalho foi voltado para o aprimoramento do código e correção de bugs, que resultaram em uma performance melhor ao rodar animações de jogos, por exemplo.
Além disso, o Android passou a ser compatível com a tecnologia NFC, capaz de ler e trocar informações por aproximação. A maior parte das mudanças em relação à versão 2.2 (Froyo), contudo, é pouco perceptível.
Com o Ice Cream Sandwich, nova versão que deve sair este mês, a empresa pretende modificar o design, deixando-o mais parecido com o do Honeycomb, o sistema usado nos tablets. Haverá ainda um esforço para tentar diminuir a fragmentação, que dificulta o trabalho dos desenvolvedores. O Google pretende ainda garantir atualizações de modo menos burocrático, sem depender de operadoras e fabricantes de hardware. É bem possível que os novos recursos do iOS 5 e do Windows Phone 7.5 tenham uma resposta à altura. Bom para os consumidores, que vão ter à disposição um leque de opções de smartphones com QI aumentado.
Versões do Android - O Android pode ser amargo para Apple e Microsoft, mas suas versões têm nomes de doces e seguem a ordem alfabética. As que usavam as letras A e B, anteriores ao lançamento do sistema, são um enigma até hoje. Conheça os sete sabores do robô do Google:
Cupcake (1.5)
Donut (1.6)
Eclair (2.0/2.1)
Frozen Yogurt/Froyo (2.2)
Gingerbread (2.3)
Honeycomb (3.0/3.1)
Ice Cream Sandwich (possivelmente 4.0)
São Paulo - Com integração ainda maior à internet, o iOS 5, da Apple, e o Windows Phone 7.5, da Microsoft, partem para cima do Android. Testamos as duas versões. Conheça suas novidades.
O casamento de seu smartphone com a internet vai entrar em uma nova fase, ainda mais intensa. Você saberá notícias de seus amigos e familiares com maior frequência, e será mais fácil entrar em contato com todos eles.
Celular e web também vão guardar cópias das suas informações, fotos e documentos. Isso, claro, se você tiver um iPhone com iOS 5, da Apple, ou um aparelho com o Windows Phone 7.5, da Microsoft. As novas versões dos sistemas operacionais para dispositivos portáteis criados pelas duas empresas prometem maior integração com a rede e backups automáticos de dados.
As mudanças têm um alvo: o Android. Criado pelo Google, o sistema começa a se distanciar dos concorrentes a uma velocidade supersônica. De acordo com o instituto de pesquisas Gartner, o Android estava em 43% dos smartphones vendidos em todo o planeta no segundo trimestre deste ano.
Os aparelhos da Apple não passaram de 18% do total comercializado no período, enquanto os que tinham o sistema da Microsoft representaram só cerca de 2%. A Nokia, que por 15 anos manteve a liderança no setor, viu a parcela de mercado do Symbian encolher de 41% para 22%, entre 2010 e 2011. Agora, a companhia aposta na parceria com a Microsoft e no Windows Phone 7.5 para se recuperar.
Para saber quais são as novidades e descobrir até que ponto a guerra dos sistemas móveis vai se intensificar nos próximos meses, INFO testou versões em desenvolvimento dos dois sistemas operacionais. Ambas saem na frente em uma comparação direta com o Android 2.3 (Gingerbread), anunciado no fim do ano passado.
Como os primeiros aparelhos com Gingerbread só chegaram ao Brasil recentemente, são eles que vão encarar os rivais – inclusive o iPhone 5 – por um bom tempo. O Google pretende contra-atacar com o Ice Cream Sandwich, novo sabor do Android, que rodará em celulares e tablets e terá a missão de padronizar a interface em diferentes aparelhos. Mas ainda se sabe muito pouco sobre seus novos recursos.
Integração total - Não foi à toa que Steve Jobs fez questão de subir ao palco na conferência para desenvolvedores da Apple, em junho, para anunciar a principal novidade do iOS 5. O sistema operacional passará por uma das mudanças mais significativas desde sua criação, mas sem modificar a já consagrada experiência de uso.
A Apple vai permitir que o iPhone, o iPad, o iPod Touch e o computador – seja ele um Mac ou um PC – troquem informações entre si, de modo automático, pela web. Isso vai ocorrer por meio de um novo serviço, o iCloud. O recurso funcionará nos bastidores, de uma maneira quase invisível, para garantir que todos os aparelhos tenham sempre o mesmo conteúdo. A integração é também um jeito de estimular a compra de outros produtos da marca. Será mais prático se o dono de um iPhone tiver um iPad em vez de um tablet com Android, por exemplo.
Com o iCloud, e-mail, contatos, calendários, fotos, lembretes, favoritos do navegador Safari (que continua sem suporte a Flash), notas e até documentos criados com os aplicativos da suíte iWork (Pages, Keynote e Numbers) serão sincronizados com a rede e enviados para todos os dispositivos em que sua conta Apple estiver cadastrada.
Cada pessoa terá direito a 5 GB gratuitos para armazenamento, mas poderá comprar planos extras anuais, de 20 dólares (10 GB), 40 dólares (50 GB) e 100 dólares (100 GB). Alguns dos recursos do iCloud estavam disponíveis de forma bem mais rudimentar no serviço MobileMe, que deixará de existir.
No Android, sempre houve a sincronização dos contatos e e-mails do Gmail, por meio de uma conta Google. Como a Apple estava em desvantagem, resolveu criar um serviço mais abrangente. A configuração é extremamente simples. No menu Ajustes do iPhone ou iPad, o usuário escolhe o que deseja ver sincronizado por meio de botões de liga e desliga.
O iCloud permite também fazer backup do conteúdo na internet sempre que os aparelhos estiverem com a tela bloqueada, carregando a bateria e conectados a uma rede Wi-Fi. É só ativar o recurso e não se preocupar mais. Outro serviço associado, o Compartilhar Fotos, envia as últimas mil imagens para todos os equipamentos cadastrados, sem considerá-las na cota de espaço do iCloud. Um software permitirá a sincronização dos dados em computadores com Mac OS X ou Windows.
A interface do iOS 5 traz poucas alterações, mas a mais importante foi copiada do Android, e aprimorada. iPhone, iPad e iPod Touch passam a contar com uma Central de Notificações, que é acessada quando se desliza o dedo do topo até a parte de baixo da tela.
É ali que estão reunidos os avisos de chamadas perdidas, torpedos recebidos, citações no Twitter ou Facebook e novos e-mails, entre outros alertas. As informações fornecidas para cada aviso são bem mais detalhadas do que as exibidas pelo sistema do Google. Se alguém envia um e-mail, por exemplo, dá para enxergar o remetente, o assunto e o início da mensagem. Outra vantagem é que as notificações são listadas na tela de bloqueio. Basta correr o dedo sobre uma delas para ler.
Olha o passarinho - A Apple também melhorou a usabilidade da câmera. Agora, dá para ativar uma grade que ajuda a fazer o enquadramento. O botão de aumentar o volume serve para bater fotos, enquanto o de diminuir o som acha o foco e trava a exposição.
Quem gosta de fotografia ficará feliz ao saber que as mesmas funções estão disponíveis nos botões do fone de ouvido, o que o transforma em um controle remoto com disparador – indicado para quem pretende registrar imagens em baixa luminosidade com nitidez ou fazer um autorretrato. Destravar o aparelho para ativar a câmera deixará de ser um problema: ao pressionar a tecla Home duas vezes com a tela bloqueada, surge um atalho para acessá-la.
E ao visualizar uma foto na galeria, agora é possível editá-la. Há quatro opções: girar, cortar, melhora automática e remoção de olhos vermelhos. Mas não espere mágica ou a praticidade de um Photoshop. Os ajustes apenas quebram um galho.
Tuiteiros inveterados podem comemorar – ou não. O iOS 5 vai se integrar ao Twitter, mas a rede social foi incorporada ao sistema de uma maneira bem superficial. Ao cadastrar a sua conta no menu Ajustes, o sistema atualiza os contatos com as fotos e o nome dos usuários que você segue.
Quando se abre uma imagem ou se quer compartilhar uma página na web, há o botão “Tuitar” entre as opções do menu. Mas não passa disso. Para interagir para valer com a rede social, ainda é necessário instalar um programa pela App Store. Um recurso bem parecido existe há tempos no Android, e o Windows Phone 7.5 leva essa integração bem mais a sério e de maneira mais eficiente.
Dois novos aplicativos também passam a fazer parte do sistema da Apple. O Lembretes permite criar listas de tarefas e definir alarmes, que podem soar na hora marcada ou quando se chega a um determinado local. Há também a Banca, que abre uma estante para armazenar jornais e revistas comprados na App Store. Nos testes da INFO, não foi possível acessar esse conteúdo, porque o botão Loja não estava ativo no beta 5 do iOS 5.
Também não está claro se as empresas de mídia terão de produzir aplicativos compatíveis com a telinha do iPhone, mas é bem provável que sim. Os outros ajustes do iOS aprimoram diferentes aspectos da usabilidade, mas a sensação não muda muito em relação ao iOS 4. Uma última mudança é a possibilidade de atualizar o software do sistema diretamente no aparelho, sem precisar do iTunes. A ativação também dispensará o computador e será possível sincronizar músicas usando Wi-Fi.
Windows Phone 7 ultrassecreto - Alguém se lembra do Windows Phone 7? Embora tenha sido lançado no final do ano passado, muito poucos se aventuraram a comprar dispositivos com o sistema, que tinha uma série de problemas – não dava nem para copiar e colar textos, por exemplo. Mas a Microsoft não se deu por vencida. Sua equipe de desenvolvimento mergulhou no código, corrigiu falhas, adicionou recursos e preparou a versão 7.5, batizada com o codinome Mango. A INFO conseguiu testá-la em um protótipo ultrassecreto da Samsung. O aparelho impressionou principalmente pela rapidez, mas fica a dúvida sobre quanto essa velocidade vai custar.
A Microsoft manteve a interface Metro, que já estava presente no Windows Phone 7, e fez poucas modificações. Toda a linguagem visual tem como base pequenos quadrados e menus com letras grandes e chamativas, em maiúscula. Não há barras de rolagem horizontal, nem abas. Os títulos dos menus ficam dispostos lado a lado, e as palavras aparecem cortadas para indicar que há mais conteúdo à direita. Algumas pessoas podem se incomodar com isso. De qualquer modo, o uso é bastante intuitivo. Várias das animações lembram as do iOS e as transições de tela têm elegância. Nesse ponto, a Microsoft, sempre criticada pelo design de seus produtos, conseguiu se superar.
Os pequenos quadrados que formam na tela inicial do Windows Phone são dinâmicos e exibem notificações. No Mango, qualquer aplicativo consegue aproveitar esse recurso. Um programa de previsão do tempo, por exemplo, pode usar o pequeno espaço para indicar como será o dia e qual a temperatura do momento. Os quadros mais bacanas que podem ser fixados na tela inicial são os que reúnem contatos. Como o sistema vai se integrar nativamente a Facebook, Twitter e LinkedIn (na versão testada, só o Facebook estava disponível), todas as informações postadas pelos seus amigos e familiares ficam associadas aos contatos deles. Quando se cria um grupo, ele se transforma em uma central, ou hub digital. Dá para interagir com todo mundo de uma vez só e ver as atualizações de cada pessoa.
Se o iOS 5 tem o iCloud, o Mango também faz sincronização de contatos, imagens e documentos. Os contatos podem ser cadastrados no Windows Live, enquanto fotos e arquivos criados no Office vão para o SkyDrive, que oferece 25 GB gratuitos para armazenamento – sem a possibilidade de adquirir espaço adicional.
Embora o Windows Phone 7.5 prometa gravar na internet cópias de todas as imagens que estão na área Rolo da câmera, nos testes isso só ocorreu com as que estavam definidas como favoritas. Dá para acessar todo o conteúdo pelo site windowsphone.live.com. O sistema também traz um serviço de proteção contra perda e roubo, gerenciado por meio dessa página. Ali, é possível localizar o aparelho em um mapa, fazê-lo tocar, apagar todo o conteúdo e travar o dispositivo remotamente.
Busca incompleta - A integração com serviços oferecidos pelo Bing é outro recurso inovador incorporado pela Microsoft. O problema é que, nos testes, apenas uma das novas funções, a pesquisa visual, estava disponível em português.
O recurso ativa a câmera e permite ler QR codes e identificar textos na imagem, que podem ser traduzidos para vários idiomas. Na interface em inglês, dá também para ler códigos de barras de livros, CDs e DVDs. Outros dois recursos que estão disponíveis em inglês são a busca por voz – que o Android já faz em português – e o Scout, um serviço de recomendação de lugares.
Também não funciona no nosso idioma o controle por voz, que executa uma série de tarefas quando o usuário fala com o aparelho. As opções incluem fazer uma chamada, mandar um torpedo, abrir programas ou buscar termos na internet.
O Windows Phone conta ainda com uma loja de aplicativos, o Marketplace, semelhante à dos concorrentes. Existem áreas para mostrar os aplicativos mais populares, os destaques selecionados pela equipe da Microsoft e as diferentes categorias de programas. Os games ficam em um espaço próprio. Há inclusive uma área que se integra à Xbox Live, com acesso limitado na versão testada.
Ali era possível ver o avatar criado na rede do console, associado ao Windows Live ID, e atalhos para alguns jogos famosos, como Angry Birds e Plants vs Zombies.
Uma das novidades dos mapas é a possibilidade de criar rotas como no Android, transformando o celular em um navegador GPS. Em inglês, as direções são faladas. Em português, não. O navegador usado pelo Mango é uma versão do Internet Explorer 9, com suporte a HTML 5 e aceleração por hardware. A Microsoft afirma que o software é mais rápido do que o Safari e o navegador nativo do Android. Os testes da INFO confirmaram isso ao confrontá-lo com um Nexus S com Android 2.3 e com um iPhone 4 com iOS 5. Outro ponto positivo do sistema da Microsoft é o suporte a multitarefa. Já a câmera traz uma opção de edição, a correção automática.
Outro robô a caminho - Ao preparar o Android 2.3 (Gingerbread), o Google deu uma ajeitada pequena na interface, padronizando o visual dos menus. Também deixou o sistema mais veloz do que as versões anteriores. Muito do trabalho foi voltado para o aprimoramento do código e correção de bugs, que resultaram em uma performance melhor ao rodar animações de jogos, por exemplo.
Além disso, o Android passou a ser compatível com a tecnologia NFC, capaz de ler e trocar informações por aproximação. A maior parte das mudanças em relação à versão 2.2 (Froyo), contudo, é pouco perceptível.
Com o Ice Cream Sandwich, nova versão que deve sair este mês, a empresa pretende modificar o design, deixando-o mais parecido com o do Honeycomb, o sistema usado nos tablets. Haverá ainda um esforço para tentar diminuir a fragmentação, que dificulta o trabalho dos desenvolvedores. O Google pretende ainda garantir atualizações de modo menos burocrático, sem depender de operadoras e fabricantes de hardware. É bem possível que os novos recursos do iOS 5 e do Windows Phone 7.5 tenham uma resposta à altura. Bom para os consumidores, que vão ter à disposição um leque de opções de smartphones com QI aumentado.
Versões do Android - O Android pode ser amargo para Apple e Microsoft, mas suas versões têm nomes de doces e seguem a ordem alfabética. As que usavam as letras A e B, anteriores ao lançamento do sistema, são um enigma até hoje. Conheça os sete sabores do robô do Google:
Cupcake (1.5)
Donut (1.6)
Eclair (2.0/2.1)
Frozen Yogurt/Froyo (2.2)
Gingerbread (2.3)
Honeycomb (3.0/3.1)
Ice Cream Sandwich (possivelmente 4.0)