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Virgin chega ao Brasil até o fim de 2013

Vice-presidente afirmou que a data para o inicío das operações da companhia no Brasil depende da negociação de preços com as teles e obtenção de licença com a Anatel

Loja de celulares da Virgin Mobile: executivo da Virgin Latin América se queixou dos altos preços cobrados pelas teles, da regulação nacional e da alta carga tributária (Peter Macdiarmid/Getty Images)
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Da Redação

Publicado em 26 de setembro de 2012 às 19h40.

São Paulo - O vice-presidente da Virgin Latin America, Jeffrey Buckwalter, espera que a companhia comece a operar no Brasil na segunda metade de 2013. Em palestra do Forum Mobile +, em São Paulo, Buckwalter disse que a data exata do início das operações da Virgin no mercado de operadoras virtuais (MVNOs) do País depende das negociações com as grandes operadoras de telefonia móvel, o que ainda está complicado.

O executivo, que espera concluir as negociações até dezembro de 2012, queixou-se dos altos preços cobrados pelas teles, da regulação nacional e da alta carga tributária. “O Brasil é um lugar complicado para fazer negócios”, desabafou. Apesar dos desafios, o país é considerado um mercado importante para a Virgin, atenta às possibilidades de serviço segmentado e à insatisfação dos clientes com suas operadoras.

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Uma vez conseguido um acordo para uso de rede, o executivo calcula mais dez meses para obtenção da licença junto à Anatel e o lançamento da operação. Ele disse que não há perspectiva de recorrer a Anatel para ajudar nas negociações com as operadoras, até porque não é isso que prevê a regulamentação.

"O que pode acontecer é darmos um tempo para ver como as coisas ficam, mas não estamos nem perto disso, e acredito que logo teremos os acordos com as operadoras". Ele lembra que uma vez fechado esses acordos (o que deve acontecer nos próximos três meses) ainda deve haver um processo de solicitação de outorgas para a Anatel, que pode levar até 10 meses.

Buckwalter informou que a ação da companhia será direcionada para o segmento jovem urbano das classes B e C e que seus planos serão principalmente pré-pagos, com alguns pacotes controle. Para a venda de créditos, a Virgin usará apenas canais eletrônicos. Não há planos de subsídio de aparelhos.

Marca

O executivo admitiu que a marca Virgin ainda não é conhecida no Brasil, mas relatou o caso da Índia, onde em apenas 12 meses a empresa conseguiu elevar seu brand awareness de 2% para 92% da população. "Foi um choque para nós e para os concorrentes", disse. A Virgin pretende investir pesado em marketing no Brasil e conta com a ajuda do seu fundador, o empresário Richard Branson. "Ele consegue atrair bastante a atenção para a marca", comentou.

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