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Uso de celular não eleva risco de câncer, revela estudo

Estudo dinamarquês que envolveu mais de 350 mil pessoas e foi divulgado nesta sexta-feira no site do British Medical Journal

Os telefones celulares, que eram inexistentes no começo da década de 1980, estão hoje nas mãos de 5 bilhões de seres humanos (Stock.xchng)

Os telefones celulares, que eram inexistentes no começo da década de 1980, estão hoje nas mãos de 5 bilhões de seres humanos (Stock.xchng)

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Da Redação

Publicado em 21 de outubro de 2011 às 21h17.

Londres - O uso do telefone celular não eleva o risco de câncer, segundo um estudo dinamarquês que envolveu mais de 350 mil pessoas e foi divulgado nesta sexta-feira no site do British Medical Journal, corroborando várias outras pesquisas que já haviam chegado a conclusões semelhantes.

Os cientistas do Instituto de Epidemiologia do Câncer, em Copenhague, examinaram os prontuários de pessoas com mais de 30 anos que eram assinantes de serviços de telefonia celular, comparando a sua incidência de câncer cerebral com as de não-usuários, no período de 1990 a 2007.

Especialistas externos se disseram impressionados com a dimensão da amostra.

"Esse estudo corrobora outros relatórios que não encontraram efeitos nocivos do uso do telefone (celular) sob exposições normais", disse Malcolm Sperrin, diretor de Física Médica do Real Hospital de Berkshire, na Grã-Bretanha, e pesquisador associado do Instituto de Física e Engenharia Medicinal.

No final de maio, a Agência Internacional de Pesquisas do Câncer, ligada à Organização Mundial da Saúde, concluiu que os celulares deveriam ser classificados como "possivelmente carcinogênicos para humanos", colocando-os na mesma categoria do chumbo, do clorofórmio e do café.

Mas, pouco mais de um mês depois, o grupo de epidemiologia da Comissão Internacional de Proteção a Radiação Não-Ionizante disse que cada vez mais evidências científicas descartam uma ligação entre o uso de celulares e os tumores cerebrais.

Os telefones celulares, que eram inexistentes no começo da década de 1980, estão hoje nas mãos de 5 bilhões de seres humanos, levando a um prolongado debate sobre sua relação com certos tumores.

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