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Ucrânia denuncia novas incursões de veículos militares russos no país

A Ucrânia também diz ter detectado dez aviões não tripulados russos sobrevoando seu território

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Da Redação

Publicado em 17 de agosto de 2014 às 09h24.

As autoridades da Ucrânia denunciaram neste domingo a entrada de uma coluna militar russa formada por três caminhões portadores de lança-mísseis Grad, uma arma capaz de arrasar superfícies de até 15 hectares.

O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional e Defesa da Ucrânia, Andrei Lisenko, assegurou em entrevista coletiva que os três caminhões cruzaram a fronteira e se dirigiram para a cidade ucraniana de Nizhni Nagólchik, na região de Lugansk.

Segundo Kiev, a cidade ucraniana de Amvrosiyevka e seus arredores, palco de sangrentos combates entre as forças governamentais e os separatistas pró-Rússia, foram ontem alvo da artilharia e dos Grad russos.

A Ucrânia também diz ter detectado dez aviões não tripulados russos sobrevoando seu território, a maioria deles sobre a região de Jerson, próxima à anexada península da crimeia.

O site de notícias ucraniano "Podrobnosti", com base em dados de inteligência militar, denunciou a entrada hoje de outra coluna russa em território ucraniano, composta por 15 blindados de transporte, cinco caminhões Kamaz e vários caminhões-pipa.

A coluna teria se dirigido à cidade de Snezhnoe, uma das três cidades mais próximas ao lugar onde caiu há um mês o voo MH17 da Malaysia Airlines com 298 passageiros a bordo, palco de duros enfrentamentos entre os dois lados que lutam no leste da Ucrânia.

Aparentemente, os combatentes da 30ª Brigada de Novograd-Volínia também viram outra grande coluna dos rebeldes que se dirigia a Snezhnoe a partir da fronteira russo-ucraniana.

"Avança uma coluna de 120 veículos (...) 20 tanques cobrem o avanço da coluna", disse ao "Podrobnosti" Aleksandr Savchuk, soldado da 30ª Brigada.

A Ucrânia já havia denunciado há dois dias a entrada de uma coluna de blindados russos na região de Lugansk, suposto incidente que já estão investigando tanto a Otan como a Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE).

A Rússia sempre negou qualquer apoio com armas e com técnica militar aos sublevados pró-Rússia, como também nega ter disparado de seu território contra posições das forças de Kiev.

Moscou, por sua vez, também denunciou o impacto de obuses em seu território durante os combates entre as forças ucranianas e os rebeldes na fronteira.

Embora os observadores da OSCE tenham certificado estas denúncias, o governo ucraniano acusa os milicianos pró-Rússia de disparar contra território russo para depois jogar a culpa sobre as tropas de Kiev.

 

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