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Uber avança em plano para ter apenas carros elétricos no aplicativo

Meta da companhia é incentivar motoristas nos Estados Unidos, Canadá e Europa a trocarem seus veículos; mudança no Brasil levará mais tempo

Uber: companhia quer ter frota totalmente composta por carros elétricos (Sean Gallup / Equipe/Getty Images)
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Rodrigo Loureiro

Publicado em 8 de setembro de 2020 às 17h21.

Última atualização em 8 de setembro de 2020 às 22h19.

A Uber pretende começar a operar com uma frota totalmente composta por veículos elétricos a partir de 2030. A meta foi anunciada nesta terça-feira (8) e vale apenas para as operações nos Estados Unidos, no Canadá e na Europa . A empresa vai oferecer alguns benefícios, como tarifas maiores, para os motoristas que trocarem seus veículos por automóveis elétricos.

O plano é chamado de Uber Green e será lançado inicialmente em 15 cidades dos Estados Unidos e do Canadá. Os usuários do aplicativo vão poder solicitar um carro híbrido ou elétrico, pagando apenas um dólar a mais pela viagem. Os condutores destes veículos vão ganhar entre 0,50 e 1,50 dólar a mais por corrida realizada, de acordo com o tipo de veículo.

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Apesar do plano, a companhia diz que não vai impedir o uso de carros movidos por combustíveis fósseis, mesmo na data-alvo de 2030. A companhia diz que espera que a mudança seja natural e que os benefícios propostos vão incentivar os condutores a trocarem de veículo.

Para o consumidor, isso significa que as viagens realizadas em automóveis elétricos ou híbridos ficarão mais caras. Se toda a frota acabar sendo composta por este tipo de veículo, os consumidores terão gastos maiores com o app.

Ao que o The Verge relata, a Uber entende que este é um custo necessário para acelerar a transição para uma frota de emissões zero. A própria companhia já admite o investimento de 800 milhões de dólares para ajudar “centenas de milhares de motoristas dos EUA, Canadá e Europa na transição para veículos elétricos com bateria até 2025”.

E no Brasil?

A partir do ano de 2040, a Uber pretende se tornar uma empresa totalmente livre de emissões. Para fazer isso, a companhia pretende realizar parcerias com diferentes empresas, desse montadoras de automóveis até fabricantes de componentes elétricos, para garantir a transição total de sua frota, em todos os mercados em que atua.

Esse será um desafio maior para a gigante do aplicativo de transporte em países que ainda não abraçaram os carros elétricos. O Brasil é um deles. Por aqui, os veículos que chegaram em 2020 custam a partir de 120 mil reais. É praticamente o triplo do preço de um automóvel considerado “popular”.

Vale destacar que uma concorrente direta da Uber, a Lyft , também anunciou um plano semelhante de ter uma operação completamente elétrica até 2030. A empresa não opera no Brasil.

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