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Twitter sob boicote: Omnicom se junta ao coro das agências que vão pausar anúncios na rede de Musk

Com a debandada dos anunciantes, Elon Musk inicia corrida para garantir contratos publicitários de longo prazo e manter as metas da empresa que assumiu há menos de um mês

Twitter perde anunciantes: grandes clientes estão migrando para correntes (David Paul Morris/Bloomberg/Getty Images)
AL

André Lopes

Publicado em 14 de novembro de 2022 às 13h21.

Última atualização em 14 de novembro de 2022 às 14h06.

É crescente a lista de anunciantes que pausaram seus gastos no Twitter nas últimas semanas. Agências do porte daMadison Avenue e, mais recentemente, da giganteOmnicom, estão descontentes,sobretudo, por conta da desordem e decisões arbitrárias sobre revisão de conteúdo fomentadas por Elon Musk depois que assumiu o cargo de CEO da companhia.

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No encalço do bilionário e dos executivos de publicidade do Twitter está o decisivo período de renovação de contratos de longo prazo. Momento este em que a empresa consegue garantir mais de 30% das metas anuais de publicidade, segundo apurou o Wall Street Journal.

O cenário é tão crítico que Musk reservou várias reuniões para tentar apaziguar as preocupações dos anunciantes. Contudo, muitos deles já debandaram e assinaram contratos com concorrentes.

Para se ter uma ideia, uma fonte do WSJ revelou que uma das empresas que saíram do Twitter já pulverizou o gasto planejado em US$ 10 milhões para o TikTok, da ByteDance, serviços de streaming e Google.

E a situação pode se alongar. Muitos executivos de publicidade não esperam um retorno rápido como ocorreu com o Facebook, da Meta, em 2020, quando muitas marcas boicotaram a plataforma por um mês devido a preocupações com discurso de ódio e desinformação.

Na época, as empresas descobriram que não poderiam se dar o luxo de ficar de fora do Facebook porque o retorno do investimento em publicidade – na forma de vendas – era muito expressivo. “Com o Twitter simplesmente não há a mesma codependência que existe entre anunciantes e Facebook", disse ao WSJ Shiv Singh, diretor de marketing da LendingTree.

Mas é certo que Musk leva a questão a sério. Na negociação de compra do Twitter ele financiou uma dívida de US$ 13 bilhões e, ao julgar pelo fato de a publicidade do Twitter forneceu uma receita de US$ 5,08 bilhões no último balanço, o bilionário precisa arrumar a casa para contar com esse dinheiro de novo.

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