Tecnologia

Tinder suspende cofundador por acusações de assédio sexual

O Tinder suspendeu Justin Mateen, um de seus cofundadores, que foi processado por uma ex-funcionária por assédio sexual.

tinder- (Getty Images)

tinder- (Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 1 de julho de 2014 às 13h22.

O Tinder suspendeu Justin Mateen, um de seus cofundadores, que foi processado por uma ex-funcionária por assédio sexual.

A IAC, empresa que é dona do Tinder, decidiu suspender Mateen, que também tem o cargo de CMO, enquanto realiza investigações internas sobre o conteúdo do processo judicial. 

A ex-funcionária Whitney Wolfe, que também é cofundadora do Tinder, protocolou uma ação na Justiça de Los Angeles na última segunda-feira (30). Em sua alegação, Wolfe afirmou que Mateen a chamou de “vagabunda” e tirou seu status de cofundador, pois ter uma mulher jovem com este cargo “faz a companhia parecer uma piada” e a desvaloriza.

O processo também cita o CEO do Tinder Sean Rad, por proteger Mateen que submeteu Wolfe a uma “enxurrada de mensagens de texto e e-mails com comentários machistas, sexistas e de conteúdo inapropriado”. 

A alegação ainda cita: “embora seja apropriado descrever a conduta dos executivos sênior do Tinder como ‘amizade de faculdade’, o que ocorreu foi muito pior do que isso — representa o pior da misoginia e de estereótipos macho-alfa muitas vezes associados às startups de tecnologia”. 

Segundo o processo, Wolfe fez uma reclamação a Rad, mas o CEO a ignorou e a descreveu como “irritante” e “dramática”. Após Mateen chamar Wolfe de “vagabunda” durante um evento da empresa, ela se ofereceu a renunciar ao cargo por uma “indenização modesta e a aquisição de suas ações”. Mas, em vez disso, Rad teria “maliciosamente rejeitado a oferta e a demitiu”. 

O processo também descreve um relacionamento amoroso que Mateen teve com Wolfe. Quando a relação acabou, em meados de dezembro do ano passado, a situação entre os dois dentro da companhia ficou ainda delicada e Mateen chegou a enviar mensagens para Wolfe dizendo para ela ficar longe de outros homens por um período de seis meses. 

O Tinder, por sua vez, questiona algumas das alegações protocoladas no processo, mas não pode negar os conteúdos inapropriados enviados por mensagens de Mateen para Wolfe e que estão incluídos como evidências na ação.

“Imediatamente após receber os conteúdos da alegação, Mr. Mateen foi suspenso após realizarmos uma investigação interna. Ficou evidente que Mr. Mateen enviou mensagens privadas a Ms. Wolfe com conteúdos inapropriados. E nós condenamos estas mensagens, mas acreditamos que as alegações de Ms. Wolfe em relação a administração do Tinder são infundadas”, afirmou a empresa em comunicado.

Acompanhe tudo sobre:AppsINFOJustiçaStartups

Mais de Tecnologia

Segurança de dados pessoais 'não é negociável', diz CEO do TikTok

UE multa grupo Meta em US$ 840 milhões por violação de normas de concorrência

Celebrando 25 anos no Brasil, Dell mira em um futuro guiado pela IA

'Mercado do amor': Meta redobra esforços para competir com Tinder e Bumble