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Testamos quatro servidores de armazenamento para você montar sua própria nuvem

Com dois, quatro ou cinco discos seus dados ficam protegidos e acessíveis até via smartphone.

Qnap_ts220
DR

Da Redação

Publicado em 30 de outubro de 2013 às 14h48.

Ao pensar em servidores de armazenamento, qual imagem aparece em sua mente? Ok, você deve ter pensado em grandes data centers, como os do Google. No entanto, saiba que esta tecnologia esta disponível para usuários domésticos e pequenas empresas. Você não vai precisar de um algo igual ao do buscador mais famoso do mundo, mas pode montar na sua casa ou no seu escritório uma pequena central para armazenar todos os seus dados, como fotos tiradas no smartphone, arquivos lidos no tablet, histórico de redes sociais, serviços, aplicações, etc. Você possui mais informações do que imagina, e usar soluções prontas na nuvem nem sempre é uma boa saída, seja pelo custo ou pela velocidade de upload.

Imagine por exemplo, um fotógrafo gerar 1 terabyte de fotos durante um evento de uma semana. Agora imagine ele fazer upload para o serviço Flickr que é gratuíto. Se pensar somente no custo do serviço você certamente vai achar vantajoso. Mas quanto tempo ele vai demorar para enviar para o serviço online? Quanto vai custar isso, pensando que talvez ele ultrapasse a quota mensal do provedor de acesso a internet? É por isso que mostramos quatro dispositivos para o seu lar ou para colocar ordem na sua pequena empresa. Confira:

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Mais que um simples armazém de dados

O Qnap TS 220 não se parece com um servidor tradicional. Ele tem um visual moderno e possui um sistema operacional próprio, o QTS. Operá-lo via navegador é quase como usar aplicativos em um tablet. A interface é muito intuitiva e fluída, graças a configuração de peso.

Por padrão, ele vem com aplicações para visualizar e compartilhar fotos, músicas e vídeos e outros arquivos via rede com todos os seus dispositivos, incluindo Android e iOS. Por exemplo, por meio do app QFile, as fotos capturadas pela câmera do smartphone podem ser sincronizadas com o Qnap. No navegador, você pode fazer alguns retoques nas imagens por meio da ferramenta integrada, do serviço Pixlr.com.

Se você não ficar satisfeito com o que é fornecido, então você poderá instalar mais aplicativos. Estes vão desde um software de monitoramento de câmeras IP até um banco de dados MySQL. Como ele é um armazenamento de entrada, são apenas duas gavetas para discos rígidos. Portanto, a redundância via RAID é 0 (junção) e 1 (espelhamento). Mas ele tem portas do tipo eSATA e USB 3.0 para você expandir a capacidade. Nem é preciso ligar o notebook para fazer backup dos arquivos de um HD externo ou de um pen drive — que você usa todos os dias— basta conectar na USB frontal e pressionar um botão.

Operação dupla via rede

É difícil encontrar um servidor de armazenamento de entrada com algum tipo de redundância. O Seagate Business Storage NAS de 2 baias tem duas interfaces de rede e é possível agregá-las para que, em caso de falha em uma delas, o acesso não seja interrompido. Em uma transferência de muitos arquivos, isto pode significar que você não terá que recomeçar o tedioso processo de cópia.

Para controlar a avidez por entupir os discos com arquivos, o Seagate tem controle de usuários com possibilidade de estabelecer limites individuais de espaço. Por meio de uma opção, é possível configurar o período em que o usuário recebe avisos que a quota foi ultrapassada, antes de bloquear a escrita. O pré-requisito para configurar o armazenamento é o utilitário BlackArmor Discovery. Ele indica qual é o endereço da interface web de controle e também simplifica o acesso para as pastas compartilhadas via rede já configuradas.

Infelizmente, mesmo com um processador de dois núcleos rodando a 700 MHz, a interface de configuração mostrou-se lenta em diversas etapas da configuração. Isto pode incomodar usuários mais experientes. Outro serviço indispensável é o Seagate Global Access. Depois de criar uma conta e adicionar ela na configuração do servidor, você será capaz de acessar remotamente seus arquivos. Para ver fotos, vídeos e músicas no seu Home Theater ou TV conectada, o Seagate vem com servidor DLNA embutido.

Quando pouco espaço não é suficiente

A versão de 4 gavetas para discos rígidos de 3,5 polegada do Seagate Business Storage é para quem busca capacidade e confiabilidade maiores. Como há suporte a RAID 5, se um disco falhar, você pode substituir o disco defeituoso por outro e o sistema se encarrega de recuperar os dados automaticamente. Com o RAID 10, dois discos podem falhar (um conjunto).

Um detalhe interessante é que a gaveta tem um suporte que dispensa o uso de parafusos para prender o disco. Para uso em um escritório pequeno, onde tempo pode ser algo decisivo, o Seagate Business Storage de 4 baias inclui uma tela monocromática de duas linhas (6,5 x 1,8 cm) com informações básicas da operação do NAS, além de avisar quando há algum problema. Ele tem os mesmos recursos da versão de 2 baias, portanto passa pelos mesmos problemas de performance da interface. Mas seus recursos valem o esforço.

Pela porta USB é possível conectar uma impressora para compartilhar com todos da mesma rede. É possível também conectar um HD externo e com um botão fazer o backup incremental dos dados. Fazem parte da solução um inusitado servidor de Wiki e aplicativos Seagate Global Access para Android e iOS. Eles servem para enviar e visualizar os arquivos do armazenamento, mesmo remotamente. Vale mencionar que ele é compatível com Time Machine, o serviço de backup do sistema operacional da Apple.

Da residência para a pequena empresa

Com um perfil um pouco mais próximo dos servidores de armazenamento para empresas, o D-Link ShareCenter Pro 1200 tem 5 baias para discos rígidos de 2,5 ou 3,5 polegadas. Este suporte é possível graças a um engenhoso apoio de plástico encaixado dentro da gaveta. Em contra partida é preciso parafusar os discos. Para tantos discos, a D-Link preparou o servidor de armazenamento com dois ventiladores. Infelizmente, notamos que durante dias de operação os discos trabalham na temperatura muito próxima de 40 graus centígrados. Para esfriar um pouco é preciso alterar a configuração para que os ventiladores sempre funcionem no máximo. Mas isto também tem um efeito colateral. O barulho é perceptível.

Um precioso display de OLED traz as informações mais relevantes para a operação. Por exemplo, a capacidade ocupada dos volumes criados. Outro item de destaque é um utilitário de configuração passo a passo que se abre logo ao acessar a interface de gerenciamento via web. Detalhe precioso também na configuração é o suporte a sete padrões de balanceamento e redundância das duas interfaces de rede.

Outro ponto que vale é o gerenciador de arquivos. Cada usuário pode, via web, controlar suas pastas. Para completar a solução, o ShareCenter Pro vem com uma licença do software de backup Total Backup Recovery 7 Server que inclui desde agendamento de backup até clonar discos e imagens do sistema. Pena que só funciona para sistemas Windows, especialmente as edições de servidor.

Veja a tabela comparativa (simplificada):

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