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Supercomputador mostra como covid se espalha em restaurantes; veja vídeo

Simulações feitas no Fugaku, o computador mais rápido do mundo, mostram quais situações são mais arriscadas em lanchonetes e restaurantes

Coronavírus: supercomputador mostrou como doença se espalha (SERGII IAREMENKO/SCIENCE PHOTO LIBRARY/Getty Images)

Coronavírus: supercomputador mostrou como doença se espalha (SERGII IAREMENKO/SCIENCE PHOTO LIBRARY/Getty Images)

Tamires Vitorio

Tamires Vitorio

Publicado em 20 de outubro de 2020 às 08h30.

Última atualização em 29 de outubro de 2020 às 16h36.

Uma simulação feita no supercomputador japonês Fugaku (considerado o mais rápido do mundo) mostra como o novo coronavírus pode se espalhar em locais de alimentação, como restaurantes e lanchonetes. O vídeo, publicado no canal do YouTube da emissora japonesa Nippon News, mostra como a covid-19 pode ser transmitida por pessoas na mesma mesa.

A primeira simulação feita por pesquisadores da Universidade de Kobe mostra que a forma como as pessoas se sentam nestes locais conta muito para a infecção pelo vírus --- quando um indivíduo infectado está sentado na frente de outra pessoa e fala, sem o uso de máscaras de proteção, quatro vezes mais gotículas de saliva são expelidas em comparação a quem está sentado na diagonal do doente. Quem se senta ao lado da pessoa que foi infectada corre mais risco de contrair a doença e está cinco vezes mais exposto do que quem está na frente.

Já a segunda simulação aponta que os níveis de umidade do local podem impactar na forma como as gotículas são transmitidas, uma vez que menos são espalhadas quando a umidade é maior.

Portanto, de acordo com a simulação, é importante que as pessoas usem máscaras em restaurantes fechados e só as retirem no momento da alimentação --- evitando ficar sem a proteção durante conversas enquanto a comida não chega.

A descoberta também é importante para que estabelecimentos definam melhor a forma de distanciamento das mesas e como o uso de umidificadores pode ser benéfico em ambientes que não permitem que janelas fiquem abertas.

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O supercomputador japonês

Desenvolvido pelas empresas Riken e Fujistu, o modelo Fugaku performa em 415,53 petaflops e lidera o ranking Top500. Para efeito de comparação, o antigo líder da lista era o modelo americano Summit, fabricado pela IBM, com capacidade de processamento de 148,6 petaflops.

Com processadores Fujitsu A64F, o Fugaku encerrou a fila e voltou a colocar o Japão no topo do mercado de tecnologia — ao menos neste segmento. A máquina fica instalada na cidade de Kobe, no Instituto Riken, que realiza pesquisas científicas no país, e conta com capacidade de processamento 2,8 vezes maior do que seu rival direto.

 

 

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