Exame Logo

Startup paga pessoas para responderem perguntas e fazerem tarefas

Entre os exemplos de trabalhos da empresa está encontrar fãs de golfe para a IBM, pessoas capazes de descrever fotos para a Getty Images

Startup paga especialistas em algum assunto para que passem alguns minutos respondendo a perguntas ou realizando tarefas (Thinkstock)
DR

Da Redação

Publicado em 10 de janeiro de 2017 às 14h28.

Última atualização em 10 de janeiro de 2017 às 14h30.

Para criar um software de inteligência artificial eficiente, uma empresa precisa de muitos dados. Mas o que acontece se você não possui esse tipo de informação específica sobre sua área?

A Mighty AI (antes conhecida como Spare5), uma startup com sede em Seattle, nos EUA, consegue esses dados para você pagando especialistas em algum assunto para que passem alguns minutos respondendo a perguntas ou realizando tarefas.

Veja também

Entre os exemplos de trabalhos da empresa está encontrar fãs de golfe para a IBM, pessoas capazes de descrever fotos para a Getty Images e radiologistas ou técnicos para lerem escaneamentos de tumores.

A empresa, que se rebatizou para exibir no nome seu foco em tarefas de treinamento de IA, está adicionando três novos investidores como parte de uma rodada de financiamento de US$ 14 milhões: Intel Capital, Google Ventures e Accenture Ventures. E também está revelando parcerias com a Intel e a Accenture.

A Spare5 foi separada em 2014 dos laboratórios da VC Madrona Venture, uma empresa com sede em Seattle que rivaliza no ambiente móvel com o programa Mechanical Turk, da Amazon, por meio do qual é possível encontrar profissionais para tarefas na internet. Na mesma época, a Getty a procurou em busca de ajuda para categorizar imagens em sua coleção.

Assim como o Getty, os demais clientes queriam cada vez mais Fives -- as pessoas que realizam as “microtarefas” -- para realizar atividades breves de treinamento de algoritmos de IA.

Por isso a Spare5 mudou de foco e se rebatizou em torno dessa ideia. “Há uma corrida às armas em termos de dados de treinamento” para IA, disse o CEO Matt Bencke.

A IBM, que mantém o foco em seus produtos Watson AI, queria criar um robô para conversar por chat com os espectadores do 2016 Masters Golf Tournament que a empresa patrocina.

Usando tablets no local ou seus próprios telefones celulares, os fãs de golfe conseguiam fazer perguntas ou brincadeiras com o robô. O único problema? A IBM não conseguia encontrar dados de anotação suficientes de treinamentos relacionados ao golfe.

Por isso, a IBM enviou à Mighty AI um grande conjunto de informações selecionado na web que acreditava estar relacionado ao golfe. A Mighty AI encontrou trabalhadores familiarizados com o golfe, pediu que etiquetassem informações específicas sobre o esporte e compusessem perguntas e respostas com base no material. Os dados viraram a base do Watson, um agente da IBM capaz de conversar sobre golfe.

A Accenture e a Intel veem a Mighty AI como uma forma de ajudar seus clientes a empregarem aplicativos e algoritmos de inteligência artificial mais rapidamente, permitindo que utilizem os serviços da Accenture para criá-los e os softwares e chips da Intel para rodá-los.

“O que gostamos na Mighty AI é que para muitos clientes nossos o primeiro passo são os dados de anotação -- eles precisam disso antes de poderem construir algo com base nos nossos chips e softwares para IA”, disse Ken Elefant, diretor-geral de software e segurança da Intel Capital.

“Com a Mighty AI todos esses dados de anotação são gerados a um ritmo muito mais rápido, o que ajuda os clientes da Intel a empregá-los muito mais rapidamente.”

Acompanhe tudo sobre:Inteligência artificialStartups

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Tecnologia

Mais na Exame