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Spotify planeja nova versão de serviço de música grátis

Spotify está desenvolvendo uma nova versão de seu serviço de música gratuito, a primeira grande mudança de produto desde a abertura de capital da empresa

Spotify: empresa trabalha em renovação de serviço gratuito (Lucas Jackson/Reuters)

Spotify: empresa trabalha em renovação de serviço gratuito (Lucas Jackson/Reuters)

Victor Caputo

Victor Caputo

Publicado em 11 de abril de 2018 às 12h02.

A Spotify está desenvolvendo uma nova versão de seu serviço de música gratuito, a primeira grande mudança de produto desde a abertura de capital da empresa de streaming, na semana passada, segundo pessoas familiarizadas com o assunto.

A empresa está fazendo ajustes no serviço gratuito para torná-lo mais fácil de usar, especialmente para clientes com telefones celulares, disseram as pessoas, que pediram para não ser identificadas porque os planos ainda são privados. Espera-se um anúncio para daqui a algumas semanas.

A Spotify precisa atrair um grande número de novos ouvintes para satisfazer aos investidores, que avaliam a empresa, agora de capital aberto, com base no crescimento do número de usuários. O serviço gratuito gera clientes que a empresa pode direcionar para os serviços pagos. A versão paga responde por menos da metade da base de clientes da Spotify, mas gerou cerca de 90 por cento da receita de 4,09 bilhões de euros de 2017.

O modelo tem funcionado bem. A Spotify, com sede em Estocolmo, contava com 157 milhões de usuários no fim de 2017, incluindo 71 milhões de assinantes pagos. É o maior total entre os serviços de música on-line. O crescimento do streaming pago impulsionou as receitas da indústria da música por três anos consecutivos.

Com o serviço atualizado, quem ouve músicas gratuitamente em dispositivos móveis poderá acessar playlists mais rapidamente e ter mais controle sobre as músicas que escuta nas principais listas de reprodução, imitando o produto sem anúncios da Spotify, obtido por meio de assinatura. O pacote básico custa US$ 9,99 por mês.

A Spotify espera chegar a cerca de 200 milhões de usuários até o fim do ano, e a 96 milhões de assinantes, segundo projeção de março. As gigantes da tecnologia Amazon.com, Apple e Alphabet disputam uma fatia maior do mercado de músicas por assinatura.

Críticas de músicos

Os músicos criticam a Spotify por distribuir músicas gratuitamente, e os executivos das gravadoras pedem que a Spotify limite o material disponibilizado aos clientes que não pagam. As gravadoras conseguiram uma vitória no ano passado, na última rodada de negociações, ao convencer a Spotify a permitir que os artistas adiem o lançamento de obras novas no serviço gratuito.

A Spotify, por outro lado, resistiu aos pedidos para alterar o serviço gratuito, insistindo que precisa de um produto atraente para competir com o YouTube, o website de vídeos mais popular do mundo. Diferentemente dos usuários que pagam, os usuários do serviço gratuito da Spotify, financiado por propagandas, não conseguem ouvir todas as músicas que querem da biblioteca, mas podem escutar a maior parte das principais listas de reprodução e músicas no modo aleatório.

A indústria fonográfica alimenta rumores a respeito dos planos da Spotify desde que a empresa convidou representantes da imprensa para um anúncio, programado para 24 de abril. Há especulações de que a Spotify apresentará um alto-falante. A empresa vem contratando executivos especialistas em hardware em um momento em que rivais como Apple, Alphabet, a controladora do YouTube, e Amazon, estão vendendo novos alto-falantes domésticos.

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