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Somos o maior estádio do mundo, diz executivo do Facebook

Felipe Kozlowski, responsável por parcerias esportivas do Facebook e do Instagram fala sobre os esforços do Facebook para ser a segunda tela das Olimpíadas

Olimpíada: interações na abertura já bateram o total dos Jogos de Inverno, realizado há dois anos (Ricardo Stuckert/CBF/Fotos Públicas)

Victor Caputo

Publicado em 13 de agosto de 2016 às 07h00.

São Paulo – Desde que se tornou funcionário do Facebook , há um ano e meio, Felipe Kozlowski não teve descanso. Ele é responsável por parcerias do Facebook e do Instagram na área de esportes. Na época, a equipe se preparava para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, mas não podia se descuidar, já que também rolavam campeonatos nacionais de futebol na América Latina e a Copa América.

A equipe de Kozlowski trabalha com cinco áreas diferentes: times, eventos, campeonatos, atletas e imprensa esportiva. Você já deve ter percebido que a Olimpíada do Rio é um prato cheio para ele.

“Nós tentamos ficar em contato com essas pessoas e mostrar o que funciona e o que não funciona dentro do Facebook e do Instagram ”, explica.

EXAME.com conversou com Kozlowski sobre como o Facebook está trabalhando durante esta edição dos Jogos Olímpicos. Veja a seguir.

EXAME.com - Como esta edição é diferente de Londres-2012 para o Facebook?

Felipe Kozlowski - Quatro anos são um tempo muito grande nesse caso. O que usamos para comparação é a última edição dos Jogos Olímpicos de Inverno, em Sochi, Rússia. Vimos 45 milhões de pessoas interagindo no Facebook durante todos os dias de competição. A Rio-2016, somente com as interações durante a abertura, já bateu esse número.

O Facebook é o maior estádio virtual do mundo. Tivemos mensagens especiais com contagem regressiva na chegada da Tocha Olímpica. Temos filtros especiais com efeitos para todos os países—inclusive para o time de refugiados. Temos um recurso no topo do feed que estimula a produção de conteúdo nativo. Tudo isso estimula as pessoas e faz com que a conversa realmente aconteça.

Como Facebook e Instagram podem complementar cobertura de TV em um evento desse porte?

Nós temos colaboração com seis detentoras de direitos oficiais na América Latina: ESPN Brasil, Fox Sports Brasil, TYC Argentina, Claro Sports, ESPN LATAM e TVN Chile. O nosso papel é fazer com que a mensagem e o conteúdo deles atinjam mais pessoas. Meu papel é entender o foco deles e oferecer a melhor solução. Para nós, funciona assim: o Facebook é a primeira fileira para quem está assistindo, e o Instagram são olhos nos bastidores. Os veículos estão cobrindo no local, então geram conteúdo de bastidor. Antes, isso não era usado, mas agora é um complemento da cobertura.

Você tem também o bastidor do atleta, que é o grande barato. Vou pegar o exemplo da Rafaela Silva [medalhista no judô ]. Ela usou a plataforma para pedir força antes da luta e depois para agradecer à torcida. Você tem vários atletas interagindo assim, desde o Michael Phelps, até a Daniele Hypolito com um post de adeus. É claro que tem atleta que gosta mais e outros mais tímidos. Isso são conteúdos que não seriam vistos antes porque são locais sem acesso para a mídia, como ônibus de equipes ou a própria Vila Olímpica.

Esse bastidor pode incentivar o esporte ao mostrar que os atletas são pessoas e não super-homens?

A gente pode cair em um achismo aqui, mas eu acho que democratizar a informação pode trazer isso. Você tem a chance de criar uma conexão direta com o fã. Isso é algo muito bacana. Esse recurso dá voz ao atleta também, e eles falam com mutia gente, têm um papel. Eles ganham uma função de inclusão social.

Como é feita a conversa com atletas?

Temos que agradecer muito aos comitês. Eles nos deram nomes de atletas e também falaram quais deveriam ser os mais abertos a falar com a gente. É uma via de duas mãos. Conversamos com os atletas sobre o que podem fazer melhor, apresentamos as ferramentas como Live, Instagram, etc. Sabemos o quão árduo é para essa turma. É o momento quando eles têm uma atenção maior e podem gerar conteúdo interessante para o público em geral. Alguns esportes ganham valor. Você vê a esgrima sendo comentada, por exemplo. Isso vem de atletas também.

Os comitês são importantes nesse ponto. Nossa colaboração tem um valor pela própria geração dos comitês. O Time Brasil tem um espaço bacana e um centro de treinamento. Eles estão gerando conteúdo interessante o tempo todo. Eles fizeram um ao vivo com a Rafaela depois da medalha. Depois da medalha de prata do [Felipe] Wu, fizeram um Live no dia seguinte indo para a conferência de imprensa. Isso ajuda a passar a sua mensagem. Essa é disparada a Olimpíada mais virtual. É bacana ver conteúdo relevante sendo gerado pelos comitês.

Alguma ideia do que podemos esperar do Facebook nos Jogos Olímpicos de 2020?

É muito difícil prever um cenário para quatro anos. Basta ver tudo que mudou e os novos produtos que surgiram nos últimos dois anos. O que podemos esperar é um cenário mais imersivo e maior participação dos fãs. A realidade virtual pode ser importante até lá. Estou curioso para ver o impacto que isso pode causar. Imagina você assistir a uma partida da sua casa como se você estivesse no estádio. Realidade virtual e imersão serão os dois pontos para daqui quatro anos.

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São Paulo – Desde que se tornou funcionário do Facebook , há um ano e meio, Felipe Kozlowski não teve descanso. Ele é responsável por parcerias do Facebook e do Instagram na área de esportes. Na época, a equipe se preparava para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, mas não podia se descuidar, já que também rolavam campeonatos nacionais de futebol na América Latina e a Copa América.

A equipe de Kozlowski trabalha com cinco áreas diferentes: times, eventos, campeonatos, atletas e imprensa esportiva. Você já deve ter percebido que a Olimpíada do Rio é um prato cheio para ele.

“Nós tentamos ficar em contato com essas pessoas e mostrar o que funciona e o que não funciona dentro do Facebook e do Instagram ”, explica.

EXAME.com conversou com Kozlowski sobre como o Facebook está trabalhando durante esta edição dos Jogos Olímpicos. Veja a seguir.

EXAME.com - Como esta edição é diferente de Londres-2012 para o Facebook?

Felipe Kozlowski - Quatro anos são um tempo muito grande nesse caso. O que usamos para comparação é a última edição dos Jogos Olímpicos de Inverno, em Sochi, Rússia. Vimos 45 milhões de pessoas interagindo no Facebook durante todos os dias de competição. A Rio-2016, somente com as interações durante a abertura, já bateu esse número.

O Facebook é o maior estádio virtual do mundo. Tivemos mensagens especiais com contagem regressiva na chegada da Tocha Olímpica. Temos filtros especiais com efeitos para todos os países—inclusive para o time de refugiados. Temos um recurso no topo do feed que estimula a produção de conteúdo nativo. Tudo isso estimula as pessoas e faz com que a conversa realmente aconteça.

Como Facebook e Instagram podem complementar cobertura de TV em um evento desse porte?

Nós temos colaboração com seis detentoras de direitos oficiais na América Latina: ESPN Brasil, Fox Sports Brasil, TYC Argentina, Claro Sports, ESPN LATAM e TVN Chile. O nosso papel é fazer com que a mensagem e o conteúdo deles atinjam mais pessoas. Meu papel é entender o foco deles e oferecer a melhor solução. Para nós, funciona assim: o Facebook é a primeira fileira para quem está assistindo, e o Instagram são olhos nos bastidores. Os veículos estão cobrindo no local, então geram conteúdo de bastidor. Antes, isso não era usado, mas agora é um complemento da cobertura.

Você tem também o bastidor do atleta, que é o grande barato. Vou pegar o exemplo da Rafaela Silva [medalhista no judô ]. Ela usou a plataforma para pedir força antes da luta e depois para agradecer à torcida. Você tem vários atletas interagindo assim, desde o Michael Phelps, até a Daniele Hypolito com um post de adeus. É claro que tem atleta que gosta mais e outros mais tímidos. Isso são conteúdos que não seriam vistos antes porque são locais sem acesso para a mídia, como ônibus de equipes ou a própria Vila Olímpica.

Esse bastidor pode incentivar o esporte ao mostrar que os atletas são pessoas e não super-homens?

A gente pode cair em um achismo aqui, mas eu acho que democratizar a informação pode trazer isso. Você tem a chance de criar uma conexão direta com o fã. Isso é algo muito bacana. Esse recurso dá voz ao atleta também, e eles falam com mutia gente, têm um papel. Eles ganham uma função de inclusão social.

Como é feita a conversa com atletas?

Temos que agradecer muito aos comitês. Eles nos deram nomes de atletas e também falaram quais deveriam ser os mais abertos a falar com a gente. É uma via de duas mãos. Conversamos com os atletas sobre o que podem fazer melhor, apresentamos as ferramentas como Live, Instagram, etc. Sabemos o quão árduo é para essa turma. É o momento quando eles têm uma atenção maior e podem gerar conteúdo interessante para o público em geral. Alguns esportes ganham valor. Você vê a esgrima sendo comentada, por exemplo. Isso vem de atletas também.

Os comitês são importantes nesse ponto. Nossa colaboração tem um valor pela própria geração dos comitês. O Time Brasil tem um espaço bacana e um centro de treinamento. Eles estão gerando conteúdo interessante o tempo todo. Eles fizeram um ao vivo com a Rafaela depois da medalha. Depois da medalha de prata do [Felipe] Wu, fizeram um Live no dia seguinte indo para a conferência de imprensa. Isso ajuda a passar a sua mensagem. Essa é disparada a Olimpíada mais virtual. É bacana ver conteúdo relevante sendo gerado pelos comitês.

Alguma ideia do que podemos esperar do Facebook nos Jogos Olímpicos de 2020?

É muito difícil prever um cenário para quatro anos. Basta ver tudo que mudou e os novos produtos que surgiram nos últimos dois anos. O que podemos esperar é um cenário mais imersivo e maior participação dos fãs. A realidade virtual pode ser importante até lá. Estou curioso para ver o impacto que isso pode causar. Imagina você assistir a uma partida da sua casa como se você estivesse no estádio. Realidade virtual e imersão serão os dois pontos para daqui quatro anos.

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