Sob críticas, Uber promete ter 1 milhão de mulheres motoristas até 2020
A empresa não fornece dados globais de quantas mulheres trabalham como motoristas atualmente
Da Redação
Publicado em 10 de março de 2015 às 11h44.
O Uber promete atrair um milhão de mulheres motoristas globalmente até 2020, após denúncias de ataques sofridos por passageiros em algumas cidades.
O serviço não forneceu números atualizados sobre quantas mulheres motoristas estão no Uber no mundo atualmente. Nos Estados Unidos, cerca de 14% de seus 160 mil motoristas são mulheres, disse a empresa.
"O Uber não exige mínimo de horas e não exige uma agenda", disse Salle Yoo, advogada do Uber em entrevista nesta segunda-feira (9) ao explicar por que as mulheres poderão ter interesse em trabalhar com o aplicativo. "Ele oferece a chance de ser empreendedora, a chance de equilibrar trabalho e família."
Mulheres passageiras ainda não podem pedir por motoristas do sexo feminino, disse Yoo. Ela ressaltou os recursos de segurança do aplicativo, que incluem notificação sobre quem é o motorista e a capacidade de compartilhar tempo estimado de chegada com outros usuários.
A promessa de ter mais mulheres motoristas vem conforme a companhia em rápido crescimento tenta lidar com incidentes de ataques cometidos por motoristas em cidades que vão de Boston e Chicago, nos EUA, a Nova Délhi.
No caso de maior repercussão, uma mulher na Índia disse que em dezembro o motorista do carro que a conduzia a estuprou em Nova Délhi, o que levou a protestos que pediram proibição do Uber na cidade.
O Uber seleciona motoristas e faz verificação de antecedentes que variam de país para país, mas não os contrata como funcionários. Em vez disso, o serviço permite que os motoristas usem seu aplicativo para se conectarem com passageiros, cobrando para isso uma comissão sobre o valor da corrida.