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Simpósio em Cambridge reúne brasileiros nos EUA

Evento no MIT, com apoio da FAPESP, teve a participação de mais de 300 pessoas


	Pesquisa: simpósio é mais um exemplo das várias parcerias que o MIT vem desenvolvendo com instituições brasileiras
 (Getty Images)

Pesquisa: simpósio é mais um exemplo das várias parcerias que o MIT vem desenvolvendo com instituições brasileiras (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2013 às 10h00.

Cambridge – Mais de 300 professores, pesquisadores e estudantes brasileiros lotaram, no dia 5 de outubro, o principal auditório do Stata Center do Massachusetts Institute of Technology (MIT) no Primeiro Simpósio da Comunidade Científica Brasileira na Nova Inglaterra.

O evento, que teve apoio da FAPESP, contou com apresentações técnicas, debates, visitas a laboratórios e sessão de pôsteres, ajudando a difundir conhecimento e conectando a comunidade acadêmica de brasileiros que atuam nos Estados Unidos nas áreas de ciências, tecnologia, engenharia e matemática.

A região da Nova Inglaterra, nos Estados Unidos, reúne parte da nata acadêmica mundial em instituições como Harvard, MIT, Universidade de Boston, Yale, Darthmouth e Brown. Contabilizando apenas bolsistas do programa Ciências Sem Fronteiras, cerca de 450 estudantes já fizeram ou fazem parte dos seus estudos em instituições acadêmicas da região.

Entre os acadêmicos brasileiros veteranos com atuação na Nova Inglaterra está o físico Marcelo Gleiser, professor do Dartmouth College. Ele foi um dos idealizadores do simpósio, que contou ainda com a realização do programa MIT-Brazil, do Consulado Brasileiro em Boston e da rede acadêmica PUB-Boston.

"O evento foi de excelente qualidade. Isso indica que existe um desejo da comunidade científica daqui (e, imagino, de outras regiões dos EUA e do mundo) em desenvolver um maior espírito comunitário, por meio do qual jovens estudantes e pesquisadores possam se beneficiar da experiência de profissionais acadêmicos e de industriais brasileiros e estrangeiros com interesses no país", disse Gleiser.

Gleiser participou da mesa de abertura, com uma palestra sobre o tema “Do Big-Bang à vida inteligente: as quatro eras da astrobiologia”, em painel que contou ainda com apresentações de Hermano Krebs (MIT), Angela Olinto (Universidade de Chicago), Merav Opher (Universidade de Boston) e moderação de Clarice Aiello (MIT).

Além desse painel, que teve como tema as ciências físicas e as engenharias, o simpósio abordou contribuições em diversas áreas do conhecimento, incluindo Matemática, Ciências da Computação, Ciências Biológicas, Medicina e Odontologia.


Foi debatida também a experiência da diáspora brasileira de pesquisadores e estudantes no exterior – um grupo de profissionais que muitas vezes trabalha em instituições próximas umas das outras, mas até então não se conhecia nem tinha um foro para intercâmbio de ideias.

Esse foi um dado destacado pelo professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e coordenador adjunto de Colaborações em Pesquisa da FAPESP, Marcelo Knobel, que apresentou no evento as oportunidades de pesquisa no Estado de São Paulo.

Segundo o professor do Departamento de Ciência Política do MIT Ben Ross Schneider, o simpósio é mais um exemplo das várias parcerias que o MIT vem desenvolvendo com instituições brasileiras, com destaque para os laços com a FAPESP. Schneider também coordena o MIT-Brazil, iniciativa do instituto norte-americano que promove intercâmbio de alunos e professores e financia pesquisas colaborativas entre os Estados Unidos e o Brasil.

A intenção dos organizadores é repetir o evento a cada dois anos, em diferentes instituições da região. "A proposta também se insere em um projeto mais abrangente de mapear e integrar cientistas brasileiros no exterior, visando não só apoiar bolsistas em mobilidade na região, mas também ajudar a criar uma rede baseada em conhecimento que catalise novas colaborações locais e com o Brasil", afirmou Cristina Caldas, cofundadora do PUBBoston e coordenadora do setor de cooperação educacional do Consulado Geral do Brasil em Boston.

“Há um incrível capital intelectual de brasileiros aqui que poderia estar mais bem conectado ao Brasil, e eventos como esse são passos importantes desse objetivo maior”, destacou Caldas.

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