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Segurança 3.0: sistema “prevê” crimes antes que eles aconteçam

Sistema compila, analisa e projeta, em tempo real, informações de todos os setores da segurança pública e ajuda policiais a “preverem” crimes

Cena do filme Minority Report (2002) e que retrata policiais com o poder de prever crimes antes que aconteçam (Divulgação)

Gabriela Ruic

Publicado em 1 de novembro de 2011 às 11h50.

São Paulo – Já pensou como seria um mundo no qual crimes pudessem ser previstos e desmantelados antes de chegarem às ruas? No filme Minority Report, estrelado por Tom Cruise, os policiais conseguiam fazer exatamente isso, com a ajuda de agentes pré-cognitivos que ficavam imersos em tanques de água “adivinhando” o futuro. Longe da ficção, uma solução bem menos fantasiosa, baseada em avanços tecnológicos, está permitindo que este mundo se torne cada vez mais real.

A cidade de Nova York é, desde 2001, palco de testes de um sistema chamado Crime Information Warehouse (CIW), um projeto da IBM que conta com o auxílio das forças de segurança pública da cidade. As duas funções principais do CIW são a produção de estatísticas e a compilação de informações investigativas.

O sistema reúne peças de um quebra cabeças de informações, espalhadas por diferentes departamentos públicos, desde multas de trânsito, boletins de ocorrência e o que for relacionado, direta ou indiretamente, ao crime em investigação. Mas essa não é a sacada do CIW. A grande novidade é o que ele faz com esses dados: a plataforma integra, analisa e oferece projeções e tendências aos cruzar as informações coletadas e que vêm de diversos bancos de dados.


Ou seja, um trabalho investigativo, cujas provas e evidências levam dias para serem compiladas de arquivos físicos, e estão, portanto, sujeitas a erro humano, poderá, no futuro, ser feito numa questão de segundos. A força policial terá, na tela do computador, a capacidade de “prever” os crimes mais comuns em determinadas regiões, facilitando a organização de estratégias mais eficazes para combatê-los. E o sistema ainda é inteligente o suficiente para emitir uma espécie de alerta para o detetive encarregado de um crime toda vez que novas informações relacionadas ao delito forem adicionadas ao sistema.

As informações são reunidas em questão de segundos na tela do computador - desde fotos do suspeito, tatuagens ou marcas de nascença e até endereços pontuados em mapas. Os dados são atualizados em tempo real e podem ser instantaneamente enviados para o policial que estiver na cena do crime.

Em Nova York, os resultados obtidos desde a implantação do sistema têm sido mais que satisfatórios. Segundo números da IBM, no período entre 2001 e 2010, foi registrada uma redução de 35% na incidência de crimes, fato que ajudou a “big apple” a galgar o título de metrópole mais segura dos Estados Unidos.

O sistema já reúne mais de 120 milhões de boletins de ocorrência registrados na própria cidade e cerca de 31 milhões fichas criminais de todo o país. O que antes ficava guardado em grandes armazéns e pastas empoeiradas, agora fica reunido em apenas uma plataforma, acessível para todos os departamentos policiais da cidade.

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São Paulo – Já pensou como seria um mundo no qual crimes pudessem ser previstos e desmantelados antes de chegarem às ruas? No filme Minority Report, estrelado por Tom Cruise, os policiais conseguiam fazer exatamente isso, com a ajuda de agentes pré-cognitivos que ficavam imersos em tanques de água “adivinhando” o futuro. Longe da ficção, uma solução bem menos fantasiosa, baseada em avanços tecnológicos, está permitindo que este mundo se torne cada vez mais real.

A cidade de Nova York é, desde 2001, palco de testes de um sistema chamado Crime Information Warehouse (CIW), um projeto da IBM que conta com o auxílio das forças de segurança pública da cidade. As duas funções principais do CIW são a produção de estatísticas e a compilação de informações investigativas.

O sistema reúne peças de um quebra cabeças de informações, espalhadas por diferentes departamentos públicos, desde multas de trânsito, boletins de ocorrência e o que for relacionado, direta ou indiretamente, ao crime em investigação. Mas essa não é a sacada do CIW. A grande novidade é o que ele faz com esses dados: a plataforma integra, analisa e oferece projeções e tendências aos cruzar as informações coletadas e que vêm de diversos bancos de dados.


Ou seja, um trabalho investigativo, cujas provas e evidências levam dias para serem compiladas de arquivos físicos, e estão, portanto, sujeitas a erro humano, poderá, no futuro, ser feito numa questão de segundos. A força policial terá, na tela do computador, a capacidade de “prever” os crimes mais comuns em determinadas regiões, facilitando a organização de estratégias mais eficazes para combatê-los. E o sistema ainda é inteligente o suficiente para emitir uma espécie de alerta para o detetive encarregado de um crime toda vez que novas informações relacionadas ao delito forem adicionadas ao sistema.

As informações são reunidas em questão de segundos na tela do computador - desde fotos do suspeito, tatuagens ou marcas de nascença e até endereços pontuados em mapas. Os dados são atualizados em tempo real e podem ser instantaneamente enviados para o policial que estiver na cena do crime.

Em Nova York, os resultados obtidos desde a implantação do sistema têm sido mais que satisfatórios. Segundo números da IBM, no período entre 2001 e 2010, foi registrada uma redução de 35% na incidência de crimes, fato que ajudou a “big apple” a galgar o título de metrópole mais segura dos Estados Unidos.

O sistema já reúne mais de 120 milhões de boletins de ocorrência registrados na própria cidade e cerca de 31 milhões fichas criminais de todo o país. O que antes ficava guardado em grandes armazéns e pastas empoeiradas, agora fica reunido em apenas uma plataforma, acessível para todos os departamentos policiais da cidade.

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