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Remédios para déficit de atenção não causam ataque cardíaco, diz estudo

Cientistas responsáveis pela pesquisa garantem que estudo prova que não há risco no medicamento

Os cientistas garantem que os remédios não trazem riscos ao coração (Loic Venance/AFP)

Os cientistas garantem que os remédios não trazem riscos ao coração (Loic Venance/AFP)

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Da Redação

Publicado em 1 de novembro de 2011 às 16h33.

Washington - Um amplo estudo realizado com mais de um milhão de crianças e jovens adultos demonstrou não haver um risco maior de ataque cardíaco entre as pessoas que tomam medicamentos para o transtorno de déficit de atenção com hiperatividade (ADHD).

"Este amplo estudo demonstrou não haver evidências de que o uso corrente de um medicamento ADHD esteja associado a um risco ampliado de eventos cardiovasculares sérios", destacaram os autores do estudo, publicado na edição desta terça-feira do New England Journal of Medicine.

Segundo especialistas, a pesquisa deverá pôr um fim às preocupações levantadas alguns anos atrás nos Estados Unidos e no Canadá sobre os potenciais riscos cardíacos de se dar aos jovens medicamentos estimulantes como a ritalina.

Um total de 1,2 milhão de pessoas com idades entre 2 e 24 anos participaram da pesquisa, conduzida por William Cooper, dos departamentos de pediatria e medicina preventiva da Universidade Vanderbilt, em Nashville, Tennessee.

A análise incluiu crianças com problemas cardíacos congênitos, um grupo supostamente com um risco maior de sofrer ataque cardíaco ou acidente vascular cerebral.

Os cientistas não conseguiram descobrir a existência de qualquer risco maior em comparação com crianças que não fazem uso destes medicamentos.

Segundo Andrew Adesman, chefe de pediatria comportamental e desenvolvimental do Centro Médico do Hospital Infantil Steven & Alexandra Cohen, em Nova York, os dados "são em geral bastante tranquilizadores" e alinhados com estudos anteriores e menores.

"Este novo estudo novamente não encontrou associação entre tratamento com medicamento estimulante e morte súbita cardíaca, infarto do miocárdio ou derrame", disse Adesman, que não participou do estudo.

As descobertas, segundo ele, devem dar "mais tranquilidade a famílias e clínicos", acrescentou.

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