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Quem é Pekka Lundmark, o novo presidente da Nokia

O atual presidente da empresa finlandesa, Rajeev Suri, deixará a companhia em setembro deste ano

Pekka Lundmark: executivo indicado como futuro presidente global da Nokia (Fortum/Reprodução)

Lucas Agrela

Publicado em 3 de março de 2020 às 17h51.

Última atualização em 3 de março de 2020 às 17h53.

São Paulo – Rajeev Suri, atual presidente global da Nokia , conduziu a empresa durante sua transformação mais importante da década: a saída do mercado de celulares e novo foco em redes corporativas diante a iminência do 5G . "Nos últimos dez anos, compramos muitas empresas na área de redes, com as unidades de negócios de redes da Bell Labs, da Motorola e da Panasonic. A Nokia se tornou a empresa que consolida a indústria de redes", disse Suri, em entrevista à EXAME no segundo semestre de 2019. A partir de setembro, após 25 anos de empresa, Suri deixará o posto de presidente. O indicado para substituí-lo é Pekka Lundmark, hoje presidente da companhia energética finlandesa Fortum.

Mestre em Engenharia Física pela Universidade de Tecnologia de Helsinki, Lundmark trabalhou na Nokia por uma década, entre os anos de 1990 e 2000, quando deixou a empresa se tornar sócio em um fundo de capital de risco chamado Startupfactory.

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Dois anos mais tarde, assumiu o cargo de presidente na Hackman Abp, uma empresa de talheres e utensílios de cozinha, onde permaneceu, também, por dois anos. Antes de assumir o cargo atual na Fortum, o que aconteceu em setembro de 2015, Lundmark ainda foi presidente na Konecranes, uma empresa finlandesa especializada na fabricação de guindastes. Sob seu comando, a Fortum teve lucro operacional de 1,1 bilhão de euros no ano de 2019, 21% a mais do que no ano anterior.

"Pekka é uma excelente opção para a Nokia. Estou ansioso para trabalhar com ele em uma transição tranquila e desejo a ele o melhor sucesso em seu novo cargo”, diz Suri sobre seu substituto, em comunicado divulgado nesta semana.

Lundmark terá a missão de guiar a Nokia no mercado de redes 5G, que é disputado com empresas como a sueca Ericsson e a chinesa Huawei. Recentemente, a empresa ganhou um auxílio dos Estados Unidos. Em fevereiro, William Barr, procurador geral dos Estados Unidos, pediu que tanto a nação americana quanto os aliados considerem empresas como Ericsson e a Nokia, a fim de conter o avanço global da Huawei.

Mesmo diante da concorrência intensa no setor de telecomunicações pelo mercado de 5G, a Nokia conseguiu avançar e quase triplicou o lucro no último trimestre de 20190. A finlandesa teve lucro líquido de 563 milhões de euros no período, o que representa uma alta de 2,7 vezes em relação aos 203 milhões de euros que foram registrados no último trimestre de 2018.

Apesar de o horizonte ser positivo e de a companhia contar com um novo presidente experiente, a empresa precisará manter o equilíbrio durante a fase de transição para lidar com a concorrência pelo 5G.

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