Console de games Vita chega logo quando mercado pode estar em queda
Com a mudança de hábitos dos jogadores, o mercado de aparelhos portáteis pode ser afetado
Da Redação
Publicado em 22 de fevereiro de 2012 às 14h18.
O console portátil Vita, da Sony , foi lançado nos Estados Unidos nesta quarta-feira, o mais recente de uma longa linhagem de aparelhos móveis de videogame que inclui Game Boy, da Nintendo, e o Lynx, da Atari. Mas com hábitos de consumo dos jogadores mudando rapidamente, o modelo da gigante japonesa pode também ser o último de sua espécie.
O Vita terá a difícil tarefa de atrair atenção de jogadores que já jogam em smartphones e carregam computadores tablet em suas mochilas. Por 250 dólares, ele tem mais ou menos o mesmo preço que um modelo básico do PlayStation ou do Xbox 360, da Microsoft.
Analistas estão céticos que o produto encontrará fãs, mesmo entre os mais aficionados jogadores que a Sony está mirando com uma campanha de marketing de 50 milhões de dólares. A campanha inclui uma promoção com a rede de lanchonetes Taco Bell, que faz um sorteio do aparelho a cada 15 minutos.
"É quase como se a Sony desenvolvesse o produto para um mundo onde smartphones e tablets não existissem", disse Michael Gartenberg, diretor do Gartner Research. "Ele custa mais do que celulares e o mesmo que a maioria dos consoles de jogos. É difícil dizer qual é o mercado para isso."
Pessoas que passam horas todos os dias jogando podem não ser tão entusiastas de um aparelho portátil como antes. Muitos passaram a jogos baratos ou grátis em dispositivos móveis que já possuem.
É o caso de Josh Calixto, um editor de vídeos de 22 anos morador de Los Angeles. "O Vita é muito legal, mas a essa altura eu não vejo qualquer razão para comprá-lo", disse ele. "Não acho que vale o dinheiro", acrescentou, afirmando que não está interessado nos cerca de 20 jogos lançados junto com o aparelho porque já jogou alguns deles em consoles.
Por sua vez, a Sony acredita que existe um grande mercado de consumidores para o Vita, afirmou Jack Treton, presidente-executivo do PlayStation.
"O público-alvo é o proprietário de um PS3, e existem 60 milhões deles por aí", disse Tretton.
OS jogadores, afirma Treton, serão atraídos por recurso que permite que os usuários disputarem partidas contra oponentes que usam PlayStation. Os consumidores também poderão comprar jogos que permitirão continuar no Vita do ponto de onde pararam no console.
Tretton desconsiderou a ideia de que o Vita pode ser o último produto de seu tipo, citando uma pesquisa da IDC de janeiro que prevê retomada de vendas de aparelhos dedicados de jogos da Sony e Nintendo. A IDC projeta que o mercado de dispositivos portáteis vai crescer de 10,7 bilhões de dólares em 2010 para 17,3 bilhões em 2015.
Até agora, a Sony vendeu 500 mil unidades do Vita no Japão, onde o console foi lançado, em dezembro. Tretton afirmou que "estaria muito grato" de vender 500 mil unidades nos Estados Unidos nas próximas três semanas.
Se o Vita não atrair atenção dos consumidores, não será o primeiro aparelho a decepcionar.
A Nintendo lançou o 3DS em março passado e menos de quatro meses depois a companhia teve de cortar o preço de 249,99 dólares para 80 dólares por causa da fraqueza nas vendas.
O console portátil Vita, da Sony , foi lançado nos Estados Unidos nesta quarta-feira, o mais recente de uma longa linhagem de aparelhos móveis de videogame que inclui Game Boy, da Nintendo, e o Lynx, da Atari. Mas com hábitos de consumo dos jogadores mudando rapidamente, o modelo da gigante japonesa pode também ser o último de sua espécie.
O Vita terá a difícil tarefa de atrair atenção de jogadores que já jogam em smartphones e carregam computadores tablet em suas mochilas. Por 250 dólares, ele tem mais ou menos o mesmo preço que um modelo básico do PlayStation ou do Xbox 360, da Microsoft.
Analistas estão céticos que o produto encontrará fãs, mesmo entre os mais aficionados jogadores que a Sony está mirando com uma campanha de marketing de 50 milhões de dólares. A campanha inclui uma promoção com a rede de lanchonetes Taco Bell, que faz um sorteio do aparelho a cada 15 minutos.
"É quase como se a Sony desenvolvesse o produto para um mundo onde smartphones e tablets não existissem", disse Michael Gartenberg, diretor do Gartner Research. "Ele custa mais do que celulares e o mesmo que a maioria dos consoles de jogos. É difícil dizer qual é o mercado para isso."
Pessoas que passam horas todos os dias jogando podem não ser tão entusiastas de um aparelho portátil como antes. Muitos passaram a jogos baratos ou grátis em dispositivos móveis que já possuem.
É o caso de Josh Calixto, um editor de vídeos de 22 anos morador de Los Angeles. "O Vita é muito legal, mas a essa altura eu não vejo qualquer razão para comprá-lo", disse ele. "Não acho que vale o dinheiro", acrescentou, afirmando que não está interessado nos cerca de 20 jogos lançados junto com o aparelho porque já jogou alguns deles em consoles.
Por sua vez, a Sony acredita que existe um grande mercado de consumidores para o Vita, afirmou Jack Treton, presidente-executivo do PlayStation.
"O público-alvo é o proprietário de um PS3, e existem 60 milhões deles por aí", disse Tretton.
OS jogadores, afirma Treton, serão atraídos por recurso que permite que os usuários disputarem partidas contra oponentes que usam PlayStation. Os consumidores também poderão comprar jogos que permitirão continuar no Vita do ponto de onde pararam no console.
Tretton desconsiderou a ideia de que o Vita pode ser o último produto de seu tipo, citando uma pesquisa da IDC de janeiro que prevê retomada de vendas de aparelhos dedicados de jogos da Sony e Nintendo. A IDC projeta que o mercado de dispositivos portáteis vai crescer de 10,7 bilhões de dólares em 2010 para 17,3 bilhões em 2015.
Até agora, a Sony vendeu 500 mil unidades do Vita no Japão, onde o console foi lançado, em dezembro. Tretton afirmou que "estaria muito grato" de vender 500 mil unidades nos Estados Unidos nas próximas três semanas.
Se o Vita não atrair atenção dos consumidores, não será o primeiro aparelho a decepcionar.
A Nintendo lançou o 3DS em março passado e menos de quatro meses depois a companhia teve de cortar o preço de 249,99 dólares para 80 dólares por causa da fraqueza nas vendas.