Tecnologia

Por que viagens de avião demoram mais hoje do que há 50 anos

Levantamento do site DepartedFlights mostra que mais tecnologias não se traduzem em viagens mais rápidas para o público em geral

Avião faz voo em céu azul (suriya silsaksom/Thinkstock)

Avião faz voo em céu azul (suriya silsaksom/Thinkstock)

Maurício Grego

Maurício Grego

Publicado em 31 de outubro de 2016 às 16h11.

Última atualização em 4 de junho de 2021 às 07h16.

São Paulo – Se a cada ano que passa as aeronaves utilizam tecnologias mais avançadas, um levantamento do site DepartedFlights mostra que isso não se traduz em viagens mais velozes para o público em geral.

Em 1970, um voo de Nova York a Houston, nos Estados Unidos, costumava levar aproximadamente 2 horas e 37 minutos. Hoje, leva 3 horas e 50 minutos, 1 hora e 13 minutos a mais.

Um vídeo do site Business Insider aponta que o principal fator que torna os voos de hoje ainda mais lentos do que os de décadas atrás é a economia das companhias aéreas com combustível.

Isso porque o gasto de energia dos aviões cresce de forma exponencial à medida que sua velocidade aumenta linearmente. Assim, a redução do tempo nas alturas com uma viagem mais rápida não é o suficiente para compensar o maior consumo de combustível.

Em 2008, uma reportagem da Associated Press revelou que a companhia aérea JetBlue economizou 13,6 milhões de dólares apenas aumentando em dois minutos o tempo médio de seus voos.

“Companhias aéreas podem poupar milhões por ano voando mais devagar”, afirma o vídeo. Ainda por conta do alto custo com combustível, as empresas têm tentado tornar os voos cada vez mais leves, motivo pelo qual cobram taxas pelo excesso de bagagem dos viajantes.

Outra razão que contribui para que os voos pareçam mais longos é uma “pegadinha” das companhias aéreas. Para evitar que os voos atrasem, as empresas acrescentam alguns minutos na previsão de chegada. Assim, quando chegamos mais cedo que o planejado, não é porque o voo está adiantado, mas sim, porque ele não atrasou.

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