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Por que o Google e o Facebook ficam mais vazios na Black Friday

Empresas de tecnologia têm um dia cheio na Black Friday

 (Lucas Agrela/Site Exame)

(Lucas Agrela/Site Exame)

Lucas Agrela

Lucas Agrela

Publicado em 24 de novembro de 2017 às 14h10.

Última atualização em 24 de novembro de 2017 às 14h21.

São Paulo – Gigantes do mercado de tecnologia, tanto Google quanto Facebook têm como principal fonte de renda suas plataformas de anúncios de produtos e serviços na internet. Na semana da Black Friday, entre quinta e sexta-feira, os escritórios de ambas empresas ficam mais vazios na região do Itaim Bibi, em São Paulo.

Não, os funcionários não estão em casa ou em lojas físicas aproveitando as promoções da Black Friday, eles estão trabalhando, mas ficam alocados nos seus principais parceiros: as grandes redes de varejo.

No caso do Google, a proposta é oferecer melhores formas de aproveitar as principais tendências de buscas, núcleo do seu negócio, e também alertar as equipes responsáveis por sites que estão perto de sair do ar por excesso de audiência.

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- (Lucas Agrela/Site Exame)

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- (Lucas Agrela/Site Exame)

Na plataforma de anúncios AdWords, eles trabalham em um formato que chamam de Goop (uma combinação das palavras Google e cooperação).

A ideia é fornecer dados à indústria sobre as vendas realizadas pelo varejo a partir de investimentos no AdWords. Funciona assim: empresas, como a Samsung, querem vender smartphones, mas precisam saber qual é o melhor parceiro para investir, qual é a loja que tem melhor performance de vendas online de seus produtos. O Google entra no jogo para fazer o meio de campo entre as marcas, tirando proveito da análise de dados em tempo real realizada pela sua plataforma digital e refinada por seus engenheiros brasileiros.

O resultado é que a indústria vê qual foi o impacto do seu investimento em uma determinada loja online, de acordo com disse Fernando Rubbo, engenheiro de soluções de anúncios do Google Brasil. "Às vezes, a pessoa que clica em um anúncio do Galaxy S8 acaba comprando o Galaxy J7. Com o Goop, podemos informar isso à marca", disse Rubbo.

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- (Lucas Agrela/Site Exame)

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- (Lucas Agrela/Site Exame)

A Samsung é a única fabricante de smartphones que fez o processo reverso: em vez dos funcionários do Google irem até a sede da empresa, como acontece com os e-commerces, a empresa levou sua equipe ao escritório do Google para montar uma espécie de sala de guerra, com monitoramento constante das principais buscas de smartphones e divulgações no YouTube.

Claudia Sciama, diretora de varejo do Google Brasil, afirma que o processo evolutivo da plataforma do AdWords é contínuo para gerar compras mais inteligentes. "O machine learning do Google ajuda na tomada de decisão na compra de mídia. Tudo que fazemos tem como base a inteligência artificial. Temos uma combinação de dados com algoritmos relevantes que tornam nossas ferramentas mais eficientes e inteligentes", declarou Sciama, em entrevista a EXAME.

No caso do Facebook, o esquema é semelhante, mas orientado para publicações patrocinadas na rede social. A empresa deslocou seus funcionários aos seus principais parceiros já na quinta-feira, com o intuito de posicionar os melhores anúncios para o público segmentado desejado.

Para a companhia, as vendas de Black Friday são o resultado de diversas campanhas realizadas ao longo do ano, tanto no Facebook quanto no Instagram. O primeiro ainda é mais relevante para vendas do que o segundo, que tem menos usuários ativos diariamente.

Gabriela Comazzeto, líder de negócios do Facebook no Brasil, afirmou que as redes sociais ajudam as empresas a mirar no público certo. “O Facebook e o Instagram permitem que os anunciantes consigam alcançar com as pessoas certas,  aqueles consumidores com maior chance de comprar seus produtos. Por concentrar um grande volume de vendas em poucos dias, a Black Friday exige estratégias customizadas de marketing digital, e temos times de plantão para apoiar nossos clientes neste momento tão importante de vendas”, afirmou Comazzeto.

Para não cair em golpes, a rede social dá algumas dicas aos consumidores:

– Procure o selo de verificação azul em páginas de marcas conhecidas;
– Leia os comentários em páginas de pequenos ou médios negócios;
–  Cuidado com contas ou pessoas que direcionam você a um site externo ao Facebook
– Desconfie de promoções relacionadas a compartilhamento de publicações;
– Fique de olho em preços muito abaixo da média;
– Cuidado com pessoas que pedem dinheiro ou transferem a conversa para fora do Facebook.

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