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PNAD terá questões sobre TV digital e celulares com web

Fase de coleta de dados da PNAD se encerra no fim de dezembro. Até lá, cerca de 2 mil entrevistadores identificados visitarão casas selecionadas para pesquisa

Criança com tablet: pesquisa verificará se domicílio possui tablet, qual o dispositivo usado para acessar a internet e qual o tipo de conexão  (Getty Images)
DR

Da Redação

Publicado em 29 de outubro de 2013 às 14h42.

Rio - A coleta da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios ( PNAD ) de 2013 começou em alguns estados, mas a largada oficial será dada nesta terça-feira, 29, em todo o Brasil.

Entre as novidades, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), estão as questões sobre a recepção de sinal digital para televisores, o uso de celulares para acesso à internet e, pela terceira vez, a segurança alimentar.

Serão visitados mais de 150 mil domicílios em todos os estados e no Distrito Federal para levantar dados sobre emprego, rendimento, saneamento básico, educação e alfabetização, demografia, migração e bens duráveis existentes nas residências, entre outros temas.

"É preciso estimular a população a atender o IBGE, pois é a partir dessas informações que se constrói o cenário para a formulação de políticas públicas", ressalta o coordenador de Trabalho e Rendimento do instituto, Cimar Azeredo.

A fase de coleta de dados da PNAD se encerra no fim de dezembro. Até lá, cerca de 2 mil entrevistadores identificados visitarão as casas selecionadas para a pesquisa. Os resultados serão divulgados a partir de setembro.

TV digital

Pela primeira vez, a PNAD investigará questões sobre a posse e quantidade de televisores, discriminando se são de tela fina ou tubo, bem como se o domicílio tem TV por assinatura, antena parabólica e recepção de sinal digital nos aparelhos.

Essas informações darão mais subsídios para a adoção do Sistema Brasileiro de Televisão Digital (SBTVD) pelo Ministério das Comunicações, e o consequente desligamento do sinal analógico de TV aberta.


"De 2015 a 2018, haverá transição completa para TV digital, e nós precisamos saber qual é a capacidade dos domicílios de receber esse sinal digital, para que ninguém fique sem TV quando a gente desligar o sinal analógico", destaca o assessor especial da Secretaria Executiva do Ministério das Comunicações, Danilo Bertazzi.

"O governo precisa fazer um levantamento de onde ainda há apenas o sinal analógico para fazer o desligamento sem prejudicar a população", observa a gerente da PNAD, Maria Lucia Vieira.

Internet móvel

A PNAD de 2013 também ampliará a investigação sobre o acesso à internet. A pesquisa verificará se o domicílio possui tablet, qual o dispositivo que é usado para acessar a internet (celular, tablet, computador, TV ou outro equipamento eletrônico) e qual o tipo de conexão (sinal de rede celular - 3G ou 4G; discada e/ou banda larga).

Essas informações auxiliarão na melhoria do Programa Nacional de Banda Larga (PNBL), do Ministério das Comunicações.

"A PNAD é a principal fonte de indicadores socioeconômicos e tem de evoluir com o passar do tempo. As realidades de televisão digital e acesso à internet não estavam contempladas nas pesquisas anteriores", afirma Bertazzi.

"Praticamente 60% dos acessos à internet são feitos por dispositivos móveis, e isso não estava contemplado na PNAD. Obter essas informações é muito importante para nós para ampliar o acesso à banda larga", acrescenta.

Alimentação

Pela terceira vez, o IBGE incluirá na pesquisa uma investigação sobre segurança alimentar, em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome.

O objetivo é classificar os domicílios do país de acordo com o grau de severidade em que a insegurança alimentar é vivenciada pelos moradores. As perguntas tentarão identificar desde a preocupação da população sobre não ter dinheiro para comprar comida até a situação de fome.

A investigação permitirá acompanhar a evolução dos indicadores já investigados em 2004 e 2009. "É com esse estudo que vamos avaliar o quanto a política de combate à fome tem sido positiva", observa Maria Lúcia. De acordo com Maria Lúcia, um dos programas que poderá ter a eficácia analisada após a pesquisa é o Bolsa Família.


Primeira divulgação

O IBGE estuda fazer a primeira divulgação da PNAD Contínua até o fim de 2013. A pesquisa já é apurada desde outubro de 2011, mas passa por ajustes técnicos e por isso ainda não é divulgada pelo instituto. Quando o formato for consolidado, substituirá a Pesquisa Mensal de Emprego (PME), que hoje é responsável por mostrar a taxa de desocupação e o rendimento médio da população brasileira, e a própria PNAD, que é apurada desde 1967.

"É um desafio muito grande para o IBGE. Foi preciso fazer uma reestruturação dentro do instituto para essa nova pesquisa", disse Azeredo. O desafio técnico é o que pode postergar a divulgação para 2014, caso alguns ajustes não sejam resolvidos a tempo, admitiu. A PNAD Contínua será uma pesquisa trimestral, mas cuja coleta de dados é ininterrupta.

A abrangência também é maior: serão 3,4 mil cidades pesquisadas, mais do que as mil incluídos na PNAD atual. Assim que PNAD Contínua tiver a divulgação consolidada, a PME será encerrada.

Se o IBGE cumprir o objetivo de fazer o lançamento da nova pesquisa até o fim de 2013, a última PME pode ocorrer já em 2014. "A PME será encerrada quando houver continuidade de divulgação da PNAD Contínua. Teremos uma ideia mais clara sobre isso no fim do ano", afirmou.

A divulgação trimestral valerá para os indicadores de trabalho e rendimento, níveis Brasil, Grandes Regiões, Unidades Federativas, Regiões Metropolitanas (que incluam capital do estado) e Capitais. O IBGE ainda estuda a possibilidade de divulgar a taxa de desocupação mensalmente para o Brasil (sem subdivisões). Para os demais indicadores, as divulgações serão feitas para o acumulado no ano.

A substituição da PNAD no formato atual pode demorar um pouco mais, uma vez que a PNAD Contínua ainda não conseguiu incluir suplementos de pesquisa sobre trabalho infantil, fecundidade e migração. "Se a gente não conseguir inserir esses suplementos em 2014, talvez exija a necessidade de uma PNAD 2014, mas isso não está fechado ainda", observou.

O suplemento de segurança alimentar, que voltou à PNAD 2013, depois de fazer parte da pesquisa em 2004 e 2009, deve ser integrado à Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF). Já os levantamentos sobre televisão digital e acesso à internet, incorporados pela primeira vez este ano à PNAD, farão parte da Contínua. "O Brasil está seguindo um sistema integrado de levantamento de dados, que é uma prática de grandes institutos de estatística no mundo", disse o coordenador.

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Rio - A coleta da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios ( PNAD ) de 2013 começou em alguns estados, mas a largada oficial será dada nesta terça-feira, 29, em todo o Brasil.

Entre as novidades, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), estão as questões sobre a recepção de sinal digital para televisores, o uso de celulares para acesso à internet e, pela terceira vez, a segurança alimentar.

Serão visitados mais de 150 mil domicílios em todos os estados e no Distrito Federal para levantar dados sobre emprego, rendimento, saneamento básico, educação e alfabetização, demografia, migração e bens duráveis existentes nas residências, entre outros temas.

"É preciso estimular a população a atender o IBGE, pois é a partir dessas informações que se constrói o cenário para a formulação de políticas públicas", ressalta o coordenador de Trabalho e Rendimento do instituto, Cimar Azeredo.

A fase de coleta de dados da PNAD se encerra no fim de dezembro. Até lá, cerca de 2 mil entrevistadores identificados visitarão as casas selecionadas para a pesquisa. Os resultados serão divulgados a partir de setembro.

TV digital

Pela primeira vez, a PNAD investigará questões sobre a posse e quantidade de televisores, discriminando se são de tela fina ou tubo, bem como se o domicílio tem TV por assinatura, antena parabólica e recepção de sinal digital nos aparelhos.

Essas informações darão mais subsídios para a adoção do Sistema Brasileiro de Televisão Digital (SBTVD) pelo Ministério das Comunicações, e o consequente desligamento do sinal analógico de TV aberta.


"De 2015 a 2018, haverá transição completa para TV digital, e nós precisamos saber qual é a capacidade dos domicílios de receber esse sinal digital, para que ninguém fique sem TV quando a gente desligar o sinal analógico", destaca o assessor especial da Secretaria Executiva do Ministério das Comunicações, Danilo Bertazzi.

"O governo precisa fazer um levantamento de onde ainda há apenas o sinal analógico para fazer o desligamento sem prejudicar a população", observa a gerente da PNAD, Maria Lucia Vieira.

Internet móvel

A PNAD de 2013 também ampliará a investigação sobre o acesso à internet. A pesquisa verificará se o domicílio possui tablet, qual o dispositivo que é usado para acessar a internet (celular, tablet, computador, TV ou outro equipamento eletrônico) e qual o tipo de conexão (sinal de rede celular - 3G ou 4G; discada e/ou banda larga).

Essas informações auxiliarão na melhoria do Programa Nacional de Banda Larga (PNBL), do Ministério das Comunicações.

"A PNAD é a principal fonte de indicadores socioeconômicos e tem de evoluir com o passar do tempo. As realidades de televisão digital e acesso à internet não estavam contempladas nas pesquisas anteriores", afirma Bertazzi.

"Praticamente 60% dos acessos à internet são feitos por dispositivos móveis, e isso não estava contemplado na PNAD. Obter essas informações é muito importante para nós para ampliar o acesso à banda larga", acrescenta.

Alimentação

Pela terceira vez, o IBGE incluirá na pesquisa uma investigação sobre segurança alimentar, em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome.

O objetivo é classificar os domicílios do país de acordo com o grau de severidade em que a insegurança alimentar é vivenciada pelos moradores. As perguntas tentarão identificar desde a preocupação da população sobre não ter dinheiro para comprar comida até a situação de fome.

A investigação permitirá acompanhar a evolução dos indicadores já investigados em 2004 e 2009. "É com esse estudo que vamos avaliar o quanto a política de combate à fome tem sido positiva", observa Maria Lúcia. De acordo com Maria Lúcia, um dos programas que poderá ter a eficácia analisada após a pesquisa é o Bolsa Família.


Primeira divulgação

O IBGE estuda fazer a primeira divulgação da PNAD Contínua até o fim de 2013. A pesquisa já é apurada desde outubro de 2011, mas passa por ajustes técnicos e por isso ainda não é divulgada pelo instituto. Quando o formato for consolidado, substituirá a Pesquisa Mensal de Emprego (PME), que hoje é responsável por mostrar a taxa de desocupação e o rendimento médio da população brasileira, e a própria PNAD, que é apurada desde 1967.

"É um desafio muito grande para o IBGE. Foi preciso fazer uma reestruturação dentro do instituto para essa nova pesquisa", disse Azeredo. O desafio técnico é o que pode postergar a divulgação para 2014, caso alguns ajustes não sejam resolvidos a tempo, admitiu. A PNAD Contínua será uma pesquisa trimestral, mas cuja coleta de dados é ininterrupta.

A abrangência também é maior: serão 3,4 mil cidades pesquisadas, mais do que as mil incluídos na PNAD atual. Assim que PNAD Contínua tiver a divulgação consolidada, a PME será encerrada.

Se o IBGE cumprir o objetivo de fazer o lançamento da nova pesquisa até o fim de 2013, a última PME pode ocorrer já em 2014. "A PME será encerrada quando houver continuidade de divulgação da PNAD Contínua. Teremos uma ideia mais clara sobre isso no fim do ano", afirmou.

A divulgação trimestral valerá para os indicadores de trabalho e rendimento, níveis Brasil, Grandes Regiões, Unidades Federativas, Regiões Metropolitanas (que incluam capital do estado) e Capitais. O IBGE ainda estuda a possibilidade de divulgar a taxa de desocupação mensalmente para o Brasil (sem subdivisões). Para os demais indicadores, as divulgações serão feitas para o acumulado no ano.

A substituição da PNAD no formato atual pode demorar um pouco mais, uma vez que a PNAD Contínua ainda não conseguiu incluir suplementos de pesquisa sobre trabalho infantil, fecundidade e migração. "Se a gente não conseguir inserir esses suplementos em 2014, talvez exija a necessidade de uma PNAD 2014, mas isso não está fechado ainda", observou.

O suplemento de segurança alimentar, que voltou à PNAD 2013, depois de fazer parte da pesquisa em 2004 e 2009, deve ser integrado à Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF). Já os levantamentos sobre televisão digital e acesso à internet, incorporados pela primeira vez este ano à PNAD, farão parte da Contínua. "O Brasil está seguindo um sistema integrado de levantamento de dados, que é uma prática de grandes institutos de estatística no mundo", disse o coordenador.

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