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Da Redação
Publicado em 12 de maio de 2014 às 16h16.
A Petrobras pôs em operação nesta segunda-feira uma nova plataforma marítima de produção, com capacidade para extrair diariamente 160 mil barris de petróleo e seis milhões de metros cúbicos de gás natural.
O P-62, uma gigantesca estrutura de 60,5 mil toneladas do tipo FPSO (unidade de produção, armazenamento e transferência de petróleo), foi ancorada no campo de Roncador, na bacia de Campos.
A nova plataforma, montada sobre o casco de um petroleiro, será conectada a 14 poços produtores de petróleo e de gás natural em uma região do oceano Atlântico em frente ao litoral do estado do Rio de Janeiro e a profundidade alcança os 1.600 metros de profundidade.
A empresa não tem previsão de quando a unidade, conectada inicialmente a um só poço, alcançará a capacidade máxima de produção.
O P-62 se somará a outras três unidades da Petrobras (P-52, P-54 e P-55) que já operam no campo do Roncador.
O petróleo extraído pela unidade será transferido a navios de apoio para ser enviado ao continente, e o gás será transportado por um gasoduto que a Petrobras já opera na Bacia de Campos.
A entrada em operação da nova unidade coincidiu com o anúncio da presidente da Petrobras, Graça Foster, de que a previsão de crescimento este ano da empresa foi mantida em 7,5%.
Foster disse em entrevista coletiva que a produção média da Petrobras no primeiro trimestre foi de 2,01 milhões de barris diários de petróleo e gás natural, graças à entrada em operação de novas plataformas marítimas, que até agora agregaram à empresa uma produção média de 120 mil barris diários.
"Já conectamos até agora 20 poços a essas novas plataformas e nossa previsão é que terminemos o ano com 65 poços conectados às novas unidades, o que se refletirá na produção", afirmou a presidente da empresa.
A meta da empresa é fechar o ano com uma produção diária média de 2,08 milhões de barris e elevá-la para 3,2 milhões em 2018 e a 4,2 milhões em 2020.
O aumento da produção nos últimos meses foi impulsionado principalmente pela extração no pré-sal. Essas reservas podem transformar o Brasil em um dos maiores exportadores mundiais de petróleo.
A Petrobras extraiu em março uma média diária de 395 mil barris, um recorde e um volume 2,4% superior ao de fevereiro.