Pesquisadores criam HD que pode durar 1 milhão de anos
HDs magnéticos de hoje têm vida útil relativamente curta: mantidos em condições ideais, preservam os dados por cerca de uma década
Da Redação
Publicado em 23 de outubro de 2013 às 09h38.
São Paulo - Apesar do aumento da capacidade de armazenamento, os HDs magnéticos de hoje têm vida útil relativamente curta – mantidos em condições ideais, preservam os dados por cerca de uma década. Mas pesquisadores da Universidade de Twente querem mudar esta história com um disco rígido que pode durar 1 milhão de anos, apelidado de “gigayear”.
A ideia é criar uma tecnologia que possa preservar tudo que foi produzido pela humanidade, entre músicas, livros, filmes e fotos, até o “fim dos tempos”. Para isso, os cientistas utilizam um conceito simples: todos os dados são registrados em linhas, que formam um padrão marcado – um código QR, basicamente – em um disco metálico bem fino. Ele é, por fim, coberto por uma camada protetora, que evita a corrupção das informações.
O círculo em que fica gravado o QR code é feito de tungstênio, que tem alto ponto de fusão – para derretê-lo, é preciso colocá-lo sob 3.422 graus celsius – e baixo coeficiente de dilatação. A “barreira”, por sua vez, é feito de nitreto de silício (Si3N4), que também se dilata pouco dependendo da temperatura a que é exposto. A combinação é capaz de resistir bravamente por 1 milhão de anos – ou até 1 bilhão –, de acordo com testes de envelhecimento acelerado feitos no laboratório.
Resistência – Alguns fatores, no entanto, precisam ser considerados antes de colocarmos os discos rígidos eternos no posto de “definitivos”, como bem lembrou o Technology Review, do MIT. O processo de envelhecimento é feito em um ambiente controlado, e é bem provável que os HDs “gigayear” não resistam a situações adversas – um incêndio já seria capaz de acabar com tudo que o aparelho estivesse guardando, por exemplo.
Ainda assim, os cientistas da universidade holandesa parecem estar no caminho certo. Testes realizados pela equipe colocaram os discos sob um calor de 445 graus Kelvin (cerca de 171 °C) – e os dispositivos não sofreram dano algum. Problemas foram surgir apenas nos 848 °K (574 °C), havendo perda de informações, mas sem comprometimento da estrutura em si. E a ideia dos pesquisadores é deixar os HDs “gigayear” ainda mais resistentes, de forma que todo o conteúdo já produzido pela humanidade hoje chegue intacto a civilizações do futuro.
São Paulo - Apesar do aumento da capacidade de armazenamento, os HDs magnéticos de hoje têm vida útil relativamente curta – mantidos em condições ideais, preservam os dados por cerca de uma década. Mas pesquisadores da Universidade de Twente querem mudar esta história com um disco rígido que pode durar 1 milhão de anos, apelidado de “gigayear”.
A ideia é criar uma tecnologia que possa preservar tudo que foi produzido pela humanidade, entre músicas, livros, filmes e fotos, até o “fim dos tempos”. Para isso, os cientistas utilizam um conceito simples: todos os dados são registrados em linhas, que formam um padrão marcado – um código QR, basicamente – em um disco metálico bem fino. Ele é, por fim, coberto por uma camada protetora, que evita a corrupção das informações.
O círculo em que fica gravado o QR code é feito de tungstênio, que tem alto ponto de fusão – para derretê-lo, é preciso colocá-lo sob 3.422 graus celsius – e baixo coeficiente de dilatação. A “barreira”, por sua vez, é feito de nitreto de silício (Si3N4), que também se dilata pouco dependendo da temperatura a que é exposto. A combinação é capaz de resistir bravamente por 1 milhão de anos – ou até 1 bilhão –, de acordo com testes de envelhecimento acelerado feitos no laboratório.
Resistência – Alguns fatores, no entanto, precisam ser considerados antes de colocarmos os discos rígidos eternos no posto de “definitivos”, como bem lembrou o Technology Review, do MIT. O processo de envelhecimento é feito em um ambiente controlado, e é bem provável que os HDs “gigayear” não resistam a situações adversas – um incêndio já seria capaz de acabar com tudo que o aparelho estivesse guardando, por exemplo.
Ainda assim, os cientistas da universidade holandesa parecem estar no caminho certo. Testes realizados pela equipe colocaram os discos sob um calor de 445 graus Kelvin (cerca de 171 °C) – e os dispositivos não sofreram dano algum. Problemas foram surgir apenas nos 848 °K (574 °C), havendo perda de informações, mas sem comprometimento da estrutura em si. E a ideia dos pesquisadores é deixar os HDs “gigayear” ainda mais resistentes, de forma que todo o conteúdo já produzido pela humanidade hoje chegue intacto a civilizações do futuro.