Pequim estuda instalar "túneis de vento" para dispersar poluição
As autoridades estão considerando essa possibilidade como um paliativo aos altos níveis de poluição registrados habitualmente na cidade
Da Redação
Publicado em 21 de novembro de 2014 às 08h44.
Pequim analisa a possibilidade de instalar seis "canais de vento", com os quais espera redirecionar o ar da periferia rumo ao centro da cidade e dispersar os poluentes do ar, informa nesta sexta-feira (21) o jornal Beijing News.
As autoridades estão considerando essa possibilidade como um paliativo aos altos níveis de poluição registrados habitualmente na cidade, uma opção que já estudada em outras grandes cidades do país, como Xangai, Nanjing, Hangzhou e Wuhan.
Segundo o Beijing News, que cita fontes do Instituto Municipal de Planejamento e Projeto da Cidade de Pequim, o plano contempla a criação de seis canais de vento em quatro regiões diferentes do centro urbano: a de Beichen Road e Gulou Street, a do distrito financeiro, e das áreas dos rios Shili e Hucheng.
Ainda conforme a publicação, o BICP avalia a viabilidade de construir estas conduções e publicará os resultados antes do fim de ano.
O projeto também coloca a opção de limitar a altura dos edifícios, assim como sua densidade nas ruas de Pequim, para, deste modo, facilitar a circulação do ar poluído.
Na quinta-feira (20), Pequim chegou a registrar uma concentração de partículas PM 2,5 - as menores e mais perigosas para a saúde, já que penetram diretamente nos pulmões - de até 475 microgramas por metros cúbicos de ar.
O valor é muito acima do limite saudável de 10 microgramas por metros cúbicos recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Com isso, a capital chinesa voltou a ativar os alertas por poluição elevada depois da trégua que o país viveu no último mês, quando o céu da capital chinesa ficou livre de poluição, coincidindo com a cúpula de líderes do fórum de Cooperação Econômica Ásia-Pacífico (Apec).
Para afastar a poluição de Pequim durante esta reunião, à qual participaram, entre outros, o presidente americano, Barack Obama, e o russo, Vladimir Putin, foram fechadas mais de 10 mil fábricas, limitado o funcionamento de outras 39 mil e retirados de circulação 11,7 milhões de veículos.
Uma vez que os líderes foram embora, a vida da cidade voltou ao normal e, com ela, a poluição