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"Pai da web" , Tim Berners-Lee critica Facebook e LinkedIn

Em artigo plublicado na Scientific American, cientista repudia a forma como os sites tratam as informações postadas pelos usuários

Tim Berners-Lee, um dos criadores da web (Paul Clarke/Wikimedia Commons)

Tim Berners-Lee, um dos criadores da web (Paul Clarke/Wikimedia Commons)

DR

Da Redação

Publicado em 26 de junho de 2013 às 19h44.

São Paulo - Em artigo publicado na revista cientifica Scientific American, um dos criadores da web, Tim Berners-Lee, criticou a forma como algumas redes sociais têm atuado atualmente.

Em seu artigo intitulado “Long Live the Web: A Call for Continued Open Standards and Neutrality” (“Vida Longa para a Rede: um Chamado para a Continuidade dos Padrões Abertos e Neutralidade”), Berners-Lee repudiou a forma como o Facebook e o LinkedIn tratam as informações postadas por seus usuários.

"O Facebook, LinkedIn e Friendster, entre outros, geram valores a partir das informações que você publica neles, como sua data de nascimento, endereço de e-mail, seus gostos, e links que indiquem quem são seus amigos”, escreveu ele.

Em seguida, ele completa: “Depois de introduzir os seus dados em um desses serviços, você não pode facilmente usá-los em outro local. Cada site é um silo cercado de outros. Sim, as páginas do seu site estão na web, mas os dados não estão. Você pode acessar uma página onde estão os seus amigos, mas você não pode enviar essa lista para outro local".

O texto de Berners-Lee bate de frente com a recente crise envolvendo Facebok e Google e a exportação de suas bases de contatos.

No início do mês, o Google bloqueou a importação de contatos de usuários do Gmail por parte do Facebook alegando falta de reciprocidade de Mark Zuckerberg. Caso um usuário queira baixar sua lista de contatos do Facebook para usar em outro serviço, não será permitido.

Berners-Lee também criticou os provedores de acesso que cogitam restringir o acesso a certos tipos de conteúdo.

“As empresas de TV a cabo que vendem conectividade com a internet estudam a possiblidade de limitar o download feitos por seus usuários para alguns tipos apenas de entretenimento”, alertou ele.

O artigo completo pode ser lido no endereço site da Scientific American.

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