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O relógio de 250 anos que acabou de bater um recorde mundial

Após 100 dias de testes, um relógio conhecido como Clock B foi oficialmente declarado como o "relógio mecânico com pêndulo suspenso mais preciso do mundo"

O relógio Clock B: o relógio ter sido desenvolvido há mais de 250 anos por um homem que foi ridicularizado na época (Reprodução/Twitter/@NMMGreenwich)
DR

Da Redação

Publicado em 20 de abril de 2015 às 20h20.

Um dos recordes mais estranhos do Guinness foi divulgado no último sábado (18).

Após 100 dias de testes, um relógio conhecido como Clock B, fechado em uma caixa de plástico transparente para evitar adulterações, foi oficialmente declarado como o "relógio mecânico com pêndulo suspenso mais preciso do mundo".

Mais impressionante até do que o nome pomposo do prêmio, é o fato de o relógio ter sido desenvolvido há mais de 250 anos por um homem que foi ridicularizado na época por demonstrar "sintomas de insanidade" e cujos planos para o relógio permaneceram ignorados por dois séculos.

John Harrison era um relojoeiro inglês autodidata, cujos cronômetros marinhos revolucionaram as viagens marítimas no século XVIII, permitindo que os marinheiros conseguissem definir sua longitude em alto mar.

Os relógios desenvolvidos por Harrison tinham um par de feixes conectados por molas que mostravam a posição exata dos barcos .

Antes de morrer, ele escreveu um livro no qual afirmava ter inventado o relógio mais preciso do mundo. A máquina seria capaz de nunca atrasar mais do que um segundo a cada 100 dias. O relógio foi ridicularizado na época, por supostamente ser impossível de ser construído. Um jornal descreveu a ideia como "uma das mais inexplicáveis produções que já encontramos."

O relógio e todo seu trabalho foi esquecido até os anos 1970. Um relojoeiro e artista chamado Martin Burgess produziu duas versões do relógio. A segunda delas, chamada de Clock B, foi objeto dos testes do observatório de Greenwich.

Mais de 250 anos depois, Harrison recebeu sua vingança. Em uma conferência realizada no observatório de Greenwich, cientistas revelaram que um relógio construído com as mesmas especificações perdeu apenas cinco oitavos de segundo durante um teste realizado por 100 dias consecutivos.

"É um feito extraordinário e uma recuperação completa do legado de Harrison, ridicularizado por alegar ser capaz de conseguir atingir esse grau de precisão", afirmou Rory McEvoy, curador do Museu Real de Greenwich. "Esse é um aparelho maravilhoso."

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Mais impressionante até do que o nome pomposo do prêmio, é o fato de o relógio ter sido desenvolvido há mais de 250 anos por um homem que foi ridicularizado na época por demonstrar "sintomas de insanidade" e cujos planos para o relógio permaneceram ignorados por dois séculos.

John Harrison era um relojoeiro inglês autodidata, cujos cronômetros marinhos revolucionaram as viagens marítimas no século XVIII, permitindo que os marinheiros conseguissem definir sua longitude em alto mar.

Os relógios desenvolvidos por Harrison tinham um par de feixes conectados por molas que mostravam a posição exata dos barcos .

Antes de morrer, ele escreveu um livro no qual afirmava ter inventado o relógio mais preciso do mundo. A máquina seria capaz de nunca atrasar mais do que um segundo a cada 100 dias. O relógio foi ridicularizado na época, por supostamente ser impossível de ser construído. Um jornal descreveu a ideia como "uma das mais inexplicáveis produções que já encontramos."

O relógio e todo seu trabalho foi esquecido até os anos 1970. Um relojoeiro e artista chamado Martin Burgess produziu duas versões do relógio. A segunda delas, chamada de Clock B, foi objeto dos testes do observatório de Greenwich.

Mais de 250 anos depois, Harrison recebeu sua vingança. Em uma conferência realizada no observatório de Greenwich, cientistas revelaram que um relógio construído com as mesmas especificações perdeu apenas cinco oitavos de segundo durante um teste realizado por 100 dias consecutivos.

"É um feito extraordinário e uma recuperação completa do legado de Harrison, ridicularizado por alegar ser capaz de conseguir atingir esse grau de precisão", afirmou Rory McEvoy, curador do Museu Real de Greenwich. "Esse é um aparelho maravilhoso."

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