O plano da Apple para investir em realidade virtual
Companhia de Cupertino planeja lançar seus primeiros dispositivos munidos com a tecnologia em 2021
Rodrigo Loureiro
Publicado em 12 de novembro de 2019 às 05h55.
Última atualização em 12 de novembro de 2019 às 06h55.
São Paulo – A chegada a Apple no mercado de dispositivos de realidade virtual já tem data para acontecer. De acordo com o The Information, a companhia da maçã pretende lançar um dispositivo munido com essa tecnologia já em 2022 e, no ano seguinte, comercializar uma espécie de óculos inteligente.
A previsão foi repassada aos funcionários da fabricante do iPhone durante uma apresentação interna da companhia ainda em outubro. Realizada no quartel-general da Apple, em Cupertino, na Califórnia, a reunião contou com mais de 1 mil empregados que estariam envolvidos no projeto.
A expectativa inicial era de que os primeiros produtos chegassem ao mercado em 2020 , mas a empresa optou por não acelerar o desenvolvimento dos aparelhos.
Por ora, o headset ainda não tem muitos detalhes revelados. Sabe-se que o produto é descrito pelo codinome N301 e permite que o usuário possa transitar entre realidade virtual e realidade aumentada. O aparelho deve reunir características de gadgets rivais, como o Oculus Quest, do Facebook , e o HoloLens, da Microsoft .
Durante anos a Apple manteve-se confortável com seu poderio de smartphones, tablets e computadores. Contudo, a queda na venda de seus smartphones vem fazendo a companhia se movimentar para outras direções.
Apesar de modernos, os dispositivos de realidade virtual e aumentada ainda enfrentam resistência dos consumidores. Principalmente em relação a sua praticidade. Praticamente nenhum produto conseguiu se tornar um acessório essencial para os usuários, tal como os smartphones se tornaram.
Quem chegou mais perto de fazer isso, ao menos em teoria, foi o Google . Em 2011, a gigante de Mountain View apresentou ao mundo o Google Glass, uma haste de óculos equipada com um processador e uma câmera capaz de responder comandos de voz.
O dispositivo chegou a ser comercializado nos Estados Unidos por 1,5 mil dólares, mas as vendas foram decepcionantes e interrompidas no início de 2015. Um ano depois, o Google encerrou o projeto Glass Explorer Program.