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Apetite chinês por chips cresce em meio a preocupações sobre restrições

Com possíveis bloqueios de aliados dos EUA, China busca aumentar a produção de chips de tecnologia menos avançada

(sinology/Getty Images)
André Lopes

Repórter

Publicado em 28 de agosto de 2023 às 13h32.

Última atualização em 29 de agosto de 2023 às 07h55.

Em resposta iminente possibilidade de restrições de exportação por aliados dos EUA,a China intensificou suas importações de equipamentos semicondutores.

Dados alfandegários mostram que, em junho e julho,o país importou ferramentas de produção de chips no valor de quase US$ 5 bilhões, marcando um aumento de 70% em comparação com os US$ 2,9 bilhões no mesmo período do ano anterior.

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A Holanda e o Japão, dois países que, em colaboração com os EUA, que anteriormente impuseram restrições à exportação de equipamentos de fabricação de chips para retardar o avanço tecnológico chinês, foram os principais fornecedores.

Estas restrições implicam que os compradores terão que solicitar licenças aos governos dos dois países, uma situação que causou inquietação entre os fabricantes de chips chineses.

Os dados de importação mostram que a China dobrou o volumes de equipamentos holandeses, com uma grande parte vindo da ASML, uma das líderes em equipamentos de fabricação de chips.

Ao Financial Times, Peter Wennink, presidente-executivo da ASML, confirmou uma forte demanda por ferramentas para a fabricação de chips menos avançados.

As exportações do Japão também viram um aumento, refletindo o interesse de empresas chinesas em equipamentos japoneses após os EUA intensificarem seus controles de exportação em 2020.

Diversas das máquinas importadas nos últimos meses destinaram-se a fundições menores, recém-estabelecidas com o apoio de governos locais na China, como parte do esforço de Pequim para ampliar sua capacidade de fabricação de chips.

As aquisições chinesas de equipamentos de outros lugares, incluindo Cingapura e Taiwan, também atingiram níveis recordes.

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