NSA testa sistema de desbloqueio de tela baseado em assinaturas
Sistema é descrito como uma encarnação dos métodos de reconhecimento de escrita e reconhece gestos com base na pressão e no tempo que o usuário leva para realizá-los
Da Redação
Publicado em 26 de maio de 2015 às 12h35.
A Agência Nacional de Segurança dos EUA ( NSA ) começou a testar uma ferramenta para smartphones capaz de identificar usuários pela movimentação dos dedos na tela de um dispositivo móvel. O recurso é obra da Lockheed Martin, e seu uso não é necessariamente relacionado à espionagem a ideia, segundo reportagem do site Nextgov, é utilizá-lo como um substituto a senhas no desbloqueio de telas, por exemplo.
Batizado de Mandrake, o sistema é descrito como uma encarnação (ou até uma evolução) dos métodos de reconhecimento de escrita, como o utilizado no app do Google Tradutor para smartphones. Em teoria, ele pode ser usado para identificar assinaturas digitais, que serviriam como as sequências e os PINs adotados por usuários para bloquear celulares.
Mas o recurso é mais avançado do que ambos. Como um representante da Lockheed explica, a função reconhece os gestos feitos na tela não apenas em duas dimensões, mas em quatro. Além das proporções e da forma de uma assinatura digital, ela identifica a pressão e o tempo que um usuário leva para escrever algo o próprio nome, por exemplo.
Segundo o mesmo representante, o método foi testado pela NSA justamente para ser usado com smartphones. No entanto, a empresa não sabe como e nem se a agência adotará de fato a ferramenta que pode ser útil para agentes e outros usuários em casos de emergência, quando não é possível digitar uma senha longa ou usar as digitais.
E quanto aos usuários finais? A tecnologia ainda não foi relacionada a nenhuma fabricante de smartphones, e pode ser que soluções similares ainda demorem um pouco para aparecer no mercado. Segundo uma análise da Tractica, citada na mesma reportagem do Nextgov, o uso de reconhecimento de gestos para identificar usuários não é exatamente viável na maioria dos casos, e ainda acaba sendo lucrativo para as empresas.