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Nível de Sistema Cantareira recua após início de uso de volume morto

Desconsiderando o volume morto, o nível do Cantareira nesta segunda-feira seria de 7,8 por cento

Cantareira (Sabesp)

Cantareira (Sabesp)

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Da Redação

Publicado em 19 de maio de 2014 às 11h59.

O nível de água armazenada no Sistema Cantareira, principal conjunto de reservatórios que abastece a região metropolitana de São Paulo, voltava a exibir queda nesta segunda-feira, apesar das fortes chuvas que caíram na capital no domingo.

Segundo a assessoria de imprensa da Sabesp, companhia estadual de água e saneamento, o nível do Sistema era de 26,3 por cento nesta segunda-feira, abaixo dos 26,7 por cento de sexta-feira, um dia depois de a empresa começar a bombear água do chamado "volume morto".

O volume morto, ou "reserva técnica" pelo termo usado pelo governo estadual, é a água que fica abaixo do nível de captação das comportas das represas e que precisa ser bombeada para conseguir chegar às estações de tratamento. É a primeira vez na história do sistema criado na década de 1970 que essa água é utilizada.

Desconsiderando o volume morto, o nível do Cantareira nesta segunda-feira seria de 7,8 por cento. O cálculo leva em conta informações do governo estadual e da Sabesp, que na semana passada afirmaram que a utilização da reserva elevaria o nível de armazenamento do sistema em 18,5 pontos percentuais.

Na sexta-feira, o diretor financeiro da Sabesp, Rui Affonso, afirmou que a decretação neste momento de racionamento de água pelo lado da oferta na região metropolitana, instituindo rodízio de abastecimento de água entre bairros, seria "imprudente".

"Os custos de fazer racionamento pelo lado da oferta seriam infinitamente maiores... Mais do que isso, um racionamento dessa magnitude é operação de guerra", afirmou o executivo a jornalistas e analistas durante teleconferência de resultado trimestral.

A crise hídrica fez a companhia fazer contingenciamento de 900 milhões de reais em seu orçamento deste ano e instituir medidas como programa de bônus para consumidores que economizarem água.

Segundo a Sabesp, mesmo "no pior cenário" o volume morto garante abastecimento de água à população até março do próximo ano.

(Por Alberto Alerigi Jr.)

 

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