Netflix testa plano mais caro e remoção de recurso de mais barato
Plano chamado Ultra se posiciona acima do Premium em novo teste de estratégia de preços da empresa
Lucas Agrela
Publicado em 10 de julho de 2018 às 11h59.
São Paulo – A Netflix iniciou um teste no Brasil de um novo plano mais caro do que os existem atualmente. Ele é chamado Ultra e se posiciona acima do Premium, nome do plano mais caro disponível hoje.
A empresa oferece duas opções diferentes de preços para o novo plano: 45,90 reais e 53,90 reais. A existência de dois preços para o mesmo plano se dá por um teste para descobrir quanto os usuários estariam dispostos a pagar.
No Ultra, os clientes teriam acesso a filmes e séries em resolução 4K com suporte para HDR, uma tecnologia presente nas TVs mais recentes que melhora brilho e contraste das imagens. Com o novo plano, o Premium passaria a permitir a reprodução simultânea de apenas duas telas, em vez das quatro que são oferecidas atualmente. No Ultra, porém, seria possível a reprodução em quatro dispositivos ao mesmo tempo.
Em outras palavras, o posicionamento novo sugerido pelo teste da Netflix, que acontece tanto no Brasil quanto em outros países, levaria a pessoa que assina hoje um plano com reprodução permitida de quatro telas ao mesmo tempo, em diferentes aparelhos (Smart TVs, smartphones, tablets ou computadores), a assinar um plano mais caro. Hoje, o plano Premium, que dá acesso a conteúdos em 4K, sai por 37,90 reais ao mês.
Como trata-se de um teste, é possível que a nova política de preços não seja efetivamente aplicada ao mercado brasileiro ou a outros países. A empresa, assim como muitas outras de tecnologia, constantemente realiza testes desse tipo que podem ou não se tornarem realidade.
Procurada, a Netflix informou o seguinte: "Nós testamos continuamente novas coisas na Netflix e esses testes normalmente variam em duração. Nesse caso, estamos testando preços e recursos ligeiramente diferentes para entender melhor como os consumidores valorizam a Netflix. Nem todo mundo vai ver esse teste e talvez não possamos oferecer os preços ou recursos específicos contemplados".