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Netflix está próxima de pôr fim ao compartilhamento de senhas

Para a empresa, a prática é uma das grandes barreiras na ampliação do número de usuários

Netflix (NFLX34) (Rafael Henrique/SOPA Images/LightRocket/Getty Images)
AL

André Lopes

Publicado em 22 de dezembro de 2022 às 10h32.

Última atualização em 22 de dezembro de 2022 às 10h42.

A Netflix relutou, mas agora se aproxima do dia em que colocará um fim no compartilhamentos de senhas na plataforma. Previsto para 2023, o motivo é amplamente conhecido entre os executivos da empresa: um levantamento interno, feito ainda em 2019, apontou que esse comportamento dos usuários é uma das grandes barreiras na ampliação do números de pagantes da plataforma.

Antes disso, a empresa chegou até a adotar o compartilhamento de senhas como mote de algumas de suas campanhas nas redes sociais. Para se ter uma ideia, o perfil da Netflix no Twitter para o mercado brasileiro mencionou e endossou por diversas vezes a prática como algo divertido de ser feito entre amigos. A ideia era, sobretudo, criar uma ligação do público menos assíduo com a marca e conteúdos do site.

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Mas os tempos mudaram. Segundo o Wall Street Journal, em uma reunião da empresa no início deste ano, o co-presidente executivo Reed Hastings disse a outros executivos seniores que o boom da pandemia havia mascarado a extensão do problema de compartilhamento de senhas e que eles esperaram além da conta para lidar com a questão.

Atualmente, cerca de 100 milhões de telespectadores da Netflix assistem ao serviço usando senhas emprestadas – geralmente de familiares ou amigos, diz a empresa. A plataforma também detalha que encerrará esse possibilidade a partir de 2023, pedindo aos usuários de contas emprestadas que passem a assinar pelo serviço. A mudança deve partir dos EUA, mas não há ainda uma data especifica para o Brasil.

Do lado dos consumidores, ainda é incerto que tipo de reação a medida causará. No passado, a Netflix reinou sozinha no mercado de streaming, agora há uma dezena de concorrentes, muitas vezes, mais baratos. “Não se engane, não acho que os consumidores vão adorar logo de cara”, disse o co-CEO da Netflix, Ted Sarandos, aos WSJ, acrescentando que cabe à empresa garantir que os usuários entendam o valor do que terão que pagar.

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