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NASA estuda tecnologia para construir 'prédio de mofo' na Lua e em Marte

A NASA anunciou pela primeira vez que estava explorando fungos como material de construção em 2020

Os testes com fungos podem mudar a perspectiva da colonização na Lua e em Marte (Futurism)
Luiz Anversa

Repórter colaborador

Publicado em 8 de outubro de 2024 às 11h30.

Cientistas do Centro de Pesquisa Ames da NASA, no Vale do Silício, estão fazendo experimentos com fungos para ajudar na pesquisa sobre a vida na Lua e em Marte. A NASA lançou um conceito que chama de "micotetura" — arquitetura feita de micélio. As informações são do Archpaper.

O micélio é essencialmente mofo, os fios subterrâneos que compõem a parte principal dos fungos. Ele pode ser encontrado em cogumelos, pão, cerveja, batatas, couro sintético e até mesmo nos queijos faixa azul queijo azul.

Em breve, ele poderá ser usado para fazer tijolos que podem suportar o ambiente hostil de Marte e ajudar a "cultivar casas" para os astronautas.

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Bom material de construção

O micélio é um ótimo material de construção por inúmeras razões, segundo os cientistas: é leve, biodegradável, isolado e retarda o fogo. E o mais importante, o micélio pode ser transformado em estruturas complexas maiores, como edifícios. É aqui que entra algo chamado cianobactéria: essa bactéria usa energia do Sol para converter água e dióxido de carbono em oxigênio e fungo — o ingrediente crítico por trás da construção de um edifício de micélio.

Os edifícios de micocultura seriam usados ​​principalmente para viagens de longo prazo - vários meses ou até anos. Em poucas palavras, os astronautas montariam os tijolos, adicionariam água e os fungos cresceriam em um habitat humano totalmente funcional, disse a NASA. Esta seria uma abordagem não intrusiva que teria impacto virtualmente zero no ambiente marciano.

Em seção, um edifício feito de fungos seria essencialmente uma "cúpula de três camadas", continuou a NASA. A camada mais externa será feita de água congelada proveniente de recursos marcianos ou lunares. A camada de água protege a estrutura da radiação e se conecta à segunda camada feita de cianobactérias.

A NASA anunciou pela primeira vez que estava explorando fungos como um potencial material de construção para o espaço sideral em 2020, quando lançou o Projeto Myco-Architecture

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