EXAME.com (EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2008 às 12h37.
O crescimento das vendas de música pela internet está acelerando e já pressiona os CDs e DVDS. No primeiro semestre, o download de músicas digitais rendeu um faturamento mundial de 790 milhões de dólares, segundo a Federação Internacional da Indústria Fonográfica (IFPI, na sigla em inglês). O valor é mais que o triplo dos 220 milhões de dólares comercializados em igual período do ano passado.
Segundo o site especializado em tecnologia da informação e-Marketer, a venda de músicas digitais é estimulada pelo crescimento da internet de banda larga, pelo aumento do número de telefones celulares de terceira geração, e pelo sucesso dos tocadores de música digital, como o iPod. "Os dados mostram que as vendas online e para celulares têm, pela primeira vez, um impacto relevante no mercado global de música", diz o relatório da IFPI.
Com a expansão do primeiro semestre, a música digital já representa 6% do mercado total de música no mundo. Segundo o presidente da IFPI, John Kennedy, o desempenho indica também que os consumidores optam cada vez mais pelo comércio legal de música. "Mais e mais pessoas em todos os países estão buscando formas legalizadas de baixar músicas da internet para seus tocadores e seus celulares", diz.
Estados Unidos, Japão, Reino Unido, Alemanha e França são os países que lideram o comércio de música digital, mas a IFPI espera um acelerado desenvolvimento de outros mercados nos próximos meses.
As vendas "físicas" de música, representadas por CDs e DVDs, já sentem a concorrência da música digital. No primeiro semestre, por exemplo, o faturamento das vendas físicas caiu 6,3% sobre igual período do ano passado, somando 12,4 bilhões de dólares. Já a quantidade de CDs e DVDs vendidos recuou 6,6%, para 915,2 milhões de unidades.
Além da concorrência com a música digital, o mercado físico de música também é afetado pelo baixo preço de revenda, sobretudo dos CDs; pela menor venda de DVDs de música, com recuo de 3,1% no faturamento e 1,6% em unidades; e pela concorrência desleal da pirataria.