Mudança climática é desafio para atletas olímpicos
É provável que menos recordes sejam batidos do que nos jogos anteriores por causa do aumento na temperatura, disse o relatório
Da Redação
Publicado em 8 de agosto de 2016 às 18h56.
Atletas que participam dos Jogos Olímpicos podem ter dificuldades em quebrar recordes mundiais já que competem com o aumento das temperaturas no Brasil causado pelas mudanças climáticas.
Maratonistas, nadadores, jogadores de vôlei e até árbitros de futebol sucumbirão ao calor extremo e perderão concentração durante os jogos, em alguns casos colocando suas vidas em risco devido à insolação, segundo um relatório divulgado na segunda-feira pelo Observatório do Clima, uma associação da sociedade civil brasileira.
“Por causa do aumento da temperatura global, o esporte nunca mais será o mesmo”, e é provável que menos recordes sejam batidos do que nos jogos anteriores por isso, disse o relatório.
O aquecimento global foi um tema central da cerimônia de abertura, com mapas, tabelas e gráficos sobre a elevação das temperaturas mundiais, o derretimento das calotas polares e o aumento do nível do mar que invade cidades como Amsterdã e Xangai.
O Brasil enfrenta um aquecimento mais rápido que a média global. O país ficou 1 grau Celsius mais quente nos últimos 54 anos e quatro cidades quebraram novos recordes de calor em 2015, segundo o relatório.
Se os países não cumprirem os objetivos de limitar o aumento da temperatura global para “muito menos” que 2 graus Celsius, 12 cidades brasileiras poderão ter que limitar a prática de esportes similares até o final da década, diz o documento.
Calor no Brasil
Mesmo com a realização da Olimpíada no inverno brasileiro, o calor ainda pode prejudicar o desempenho, particularmente na maratona, competição que os recordes olímpicos foram quebrados apenas em temperaturas abaixo de 12 graus Celsius. Os corredores têm desempenhos melhores entre 8 graus e 11 graus, muito menos que o nível esperado para este mês no Brasil, disse o relatório.
Nos próximos anos, os atletas provavelmente “entrarão em fadiga mais cedo, mesmo que continuem a prova ou a partida até o fim”, disse o relatório.
É provável que o calor seja particularmente doloroso para atletas de países de clima mais frio, disse o tenista brasileiro Fernando Meligeni. Ele avalia que os jogadores europeus não estão acostumados com a umidade, que os fará suar mais do que o normal.
“Acredito que os ingleses e suecos, por exemplo, vão desaparecer”, disse Meligeni, segundo o relatório.
As altas temperaturas já atingiram os atletas. Duas partidas da Copa do Mundo de 2014, no Brasil, precisaram de paradas técnicas quando as chamadas temperaturas de bulbo úmido -- indicador usado em saúde ocupacional -- atingiram 32 graus Celsius, que é o limite imposto pela Fifa para paralisar o jogo.
Nos eventos de teste da Olimpíada do Rio, diversos atletas tiveram lesões relacionadas ao calor. Onze dos 18 competidores de marcha atlética sucumbiram ao calor e um deles desmaiou, segundo o relatório.
Empresas têxteis estão criando novos materiais que podem ajudar os atletas a lidar com o calor e um fisiologista chegou a testar um “capacete de gelo” que poderia fazer parte do kit dos atletas.
Contudo, essas novas tecnologias podem ser caras demais para os atletas mais pobres, o que torna mais difícil que eles alcancem seu melhor desempenho, alertou o relatório.
Atletas que participam dos Jogos Olímpicos podem ter dificuldades em quebrar recordes mundiais já que competem com o aumento das temperaturas no Brasil causado pelas mudanças climáticas.
Maratonistas, nadadores, jogadores de vôlei e até árbitros de futebol sucumbirão ao calor extremo e perderão concentração durante os jogos, em alguns casos colocando suas vidas em risco devido à insolação, segundo um relatório divulgado na segunda-feira pelo Observatório do Clima, uma associação da sociedade civil brasileira.
“Por causa do aumento da temperatura global, o esporte nunca mais será o mesmo”, e é provável que menos recordes sejam batidos do que nos jogos anteriores por isso, disse o relatório.
O aquecimento global foi um tema central da cerimônia de abertura, com mapas, tabelas e gráficos sobre a elevação das temperaturas mundiais, o derretimento das calotas polares e o aumento do nível do mar que invade cidades como Amsterdã e Xangai.
O Brasil enfrenta um aquecimento mais rápido que a média global. O país ficou 1 grau Celsius mais quente nos últimos 54 anos e quatro cidades quebraram novos recordes de calor em 2015, segundo o relatório.
Se os países não cumprirem os objetivos de limitar o aumento da temperatura global para “muito menos” que 2 graus Celsius, 12 cidades brasileiras poderão ter que limitar a prática de esportes similares até o final da década, diz o documento.
Calor no Brasil
Mesmo com a realização da Olimpíada no inverno brasileiro, o calor ainda pode prejudicar o desempenho, particularmente na maratona, competição que os recordes olímpicos foram quebrados apenas em temperaturas abaixo de 12 graus Celsius. Os corredores têm desempenhos melhores entre 8 graus e 11 graus, muito menos que o nível esperado para este mês no Brasil, disse o relatório.
Nos próximos anos, os atletas provavelmente “entrarão em fadiga mais cedo, mesmo que continuem a prova ou a partida até o fim”, disse o relatório.
É provável que o calor seja particularmente doloroso para atletas de países de clima mais frio, disse o tenista brasileiro Fernando Meligeni. Ele avalia que os jogadores europeus não estão acostumados com a umidade, que os fará suar mais do que o normal.
“Acredito que os ingleses e suecos, por exemplo, vão desaparecer”, disse Meligeni, segundo o relatório.
As altas temperaturas já atingiram os atletas. Duas partidas da Copa do Mundo de 2014, no Brasil, precisaram de paradas técnicas quando as chamadas temperaturas de bulbo úmido -- indicador usado em saúde ocupacional -- atingiram 32 graus Celsius, que é o limite imposto pela Fifa para paralisar o jogo.
Nos eventos de teste da Olimpíada do Rio, diversos atletas tiveram lesões relacionadas ao calor. Onze dos 18 competidores de marcha atlética sucumbiram ao calor e um deles desmaiou, segundo o relatório.
Empresas têxteis estão criando novos materiais que podem ajudar os atletas a lidar com o calor e um fisiologista chegou a testar um “capacete de gelo” que poderia fazer parte do kit dos atletas.
Contudo, essas novas tecnologias podem ser caras demais para os atletas mais pobres, o que torna mais difícil que eles alcancem seu melhor desempenho, alertou o relatório.